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Marcadores de estresse oxidativo no soro e fluido folicular de mulheres inférteis com e sem endometriose submetidas à estimulação ovariana para reprodução assistida estudo piloto

Aline Zyman de Andrade Paula Andrea de Albuquerque Salles Navarro

2011

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Andrade, Aline Zyman de )(Acessar)

  • Título:
    Marcadores de estresse oxidativo no soro e fluido folicular de mulheres inférteis com e sem endometriose submetidas à estimulação ovariana para reprodução assistida estudo piloto
  • Autor: Aline Zyman de Andrade
  • Paula Andrea de Albuquerque Salles Navarro
  • Assuntos: ESTRESSE OXIDATIVO; INFERTILIDADE FEMININA; VITAMINA E; ENDOMETRIOSE
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução: O estresse oxidativo parece estar envolvido na etiopatogênese da infertilidade relacionada à endometriose. Evidências recentes sugerem a presença de estresse oxidativo (EO) sistêmico em pacientes portadoras de endometriose. Hipoteticamente o EO pode ser influenciado pela supressão hipofisária induzida pelo análogo do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (aGnRH) e pela estimulação ovariana controlada (EOC) com gonadotrofinas, o que necessita de uma melhor avaliação. Embora os mecanismos envolvidos na etiopatogênese da infertilidade relacionada à endometriose não tenham sido totalmente elucidados, baixos índices de fertilização e implantação em mulheres portadoras de endometriose submetidas à EOC para técnicas de reprodução assistida (TRA) podem resultar de baixa qualidade oocitária que pode ser influenciada pelo EO em ambiente folicular. Objetivos: Comparar os níveis de total de hidroperóxidos (FOX1), produtos avançados de oxidação protéica (AOP P) , malondialdeído (MDA), glutationa (G SH) e vitamina E no soro de mulheres inférteis com e sem endometriose (infertilidade secundário a fator tubário e/ou masculino) durante a fase folicular precoce do ciclo menstrual que precedeu o ciclo de estimulação ovariana (D1), após supressão hipofisária (D2), durante a EOC, no dia na administração da gonadotropina coriônica humana (hCG - D3) e no dia da captação oocitária (D4). Comparar os níveis destes cinco marcadores no fluido folicular (FF) obtido após EOC para injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) em ambos os grupos. Pacientes e Métodos: Estudo prospectivo com inclusão consecutiva de 154 pacientes submetidas a EOC para ICSI (73 portadoras de endometriose e 81 controles). Amostras de sangue periférico foram coletadas em D1, D2, D3 e D4 para análise dos níveis de FOX1, AOPP, MDA e GSH com leitura por espectrofotometria e vitamina E por HPLC. Amostras do fluido folicular
    com ausência de contaminação sanguínea foram obtidas do primeiro folículo aspirado de cada paciente. O nível total de proteínas foi determinado através dos Kits Labtest. Os resultados obtidas foram comparados entre os grupos endometriose e controle, endometriose estádio I/II e controle, endometriose estadia III/IV e controle e entre os dois subgrupos de endometriose. Em todas as análises foi considerado o nível de significancia de 5% (p<0,05). Resultados: Os níveis de AOPP foram significativamente maiores nas mulheres com endometriose comparadas às controles em D1 e D3. O total de hidroperóxidos foram significativamente maiores no soro de mulheres com endometriose comparadas às controles em D2 e D4. Os níveis de GSH foram significativamente maiores no grupo endometriose comparados ao controle em D2, D3 e D4. Os níveis de MDA foram similares entre os grupos em D1, D2, D3 e D4. Os níveis de AOPP foram significativamente maiores no soro das pacientes portadoras de endometriose III/IV comparada às controles em D1, D3 e D4. O total de hidroperóxidos foram significativamente maiores no soro das pacientes portadoras de endometriose I/II comparadas às controles em D1, D2, D3 e D4. Maiores níveis séricos de AOPP foram observados em pacientes com endometriose III/IV comparadas às com endometriose I/II em D3 e D4. Observamos níveis mais elevados de total de hidroperóxidos em pacientes com endometriose III/IV comparados às pacientes com endometriose I/II em D1, D2, D3 e D4. Maiores níveis séricos de GSH foram observados em pacientes com endometriose I/II comparados com endometriose III/IV em D1. Não houve diferença nos níveis séricos de MDA entre os diferentes grupos. Observou-se maiores níveis foliculares de GSH e menores níveis de hidroperóxidos em portadoras de infertilidade relacionada à endometriose do que controles. Não houve diferença estatística entre os níveis de MDA, AOPP e vitamina E no FF entre os grupos.
    Conclusões: Evidenciamos a presença de estresse oxidativo sistêmico em portadoras de infertilidade relacionada à endometriose expresso por maiores níveis de AOPP, um marcador de oxidação protéica, na fase folicular precoce do ciclo menstrual. Após supressão hipofisária, pacientes com endometriose apresentaram maiores níveis de hidroperóxidos, sugerindo um aumento na produção das espécies reativas, o que persiste no dia da captação oocitária. A supressão hipofisária e EOC estão relacionadas a maiores níveis de GSH no soro de mulheres portadoras de endometriose, provavelmente na tentativa de prevenir o EO. Nós ainda observamos menores quantidades de hidroperóxidos no fluido folicular de pacientes com endometriose, associadas a maiores níveis de GSH, às custas das pacientes com endometriose I/II, o que reflete uma tentativa endógena de defesa contra o EO, com neutralização das espécies reativas. As implicações reprodutivas e metabólicas do estresse oxidativo sistêmico e folicular precisam ser avaliadas em futuros estudos, assim como a aplicabilidade de terapias antioxidantes na melhora da fertilidade natural e resultados dos procedimentos de reprodução assistida neste grupo de mulheres
  • Data de criação/publicação: 2011
  • Formato: 119 p anexos.
  • Idioma: Português

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