skip to main content

MITOS FUNDADORES, TRADIÇÕES INVENTADAS E SENTIDOS DE CIDADE: UMA INCURSÃO PELA VELHA E NOVA CATAGUASES-MG

XAVIER, WESCLEY SILVA

RAM. Revista de Administração Mackenzie, 2014-12, Vol.15 (6), p.122-148 [Periódico revisado por pares]

São Paulo: Mackenzie Presbyterian University

Texto completo disponível

Citações Citado por
  • Título:
    MITOS FUNDADORES, TRADIÇÕES INVENTADAS E SENTIDOS DE CIDADE: UMA INCURSÃO PELA VELHA E NOVA CATAGUASES-MG
  • Autor: XAVIER, WESCLEY SILVA
  • Assuntos: Cities ; Discourse analysis ; MANAGEMENT ; Social life & customs ; Studies
  • É parte de: RAM. Revista de Administração Mackenzie, 2014-12, Vol.15 (6), p.122-148
  • Descrição: Este trabalho propõe uma incursão histórica na formação de Cataguases-MG, a fim de compreender como os mitos fundadores e as tradições inventadas imputam sentidos a cidades, objeto cada vez mais presente dentro dos estudos organizacionais. As tradições inventadas e os mitos fundadores constituem um elo indestrutível na medida em que as tradições representam um passado que deve ser preservado como forma de recobrar mudanças significativas na sociedade. Essas tradições demandam necessariamente formas de serem reconhecidas como novo status e se apoiam nos aparatos legal, político, cultural e econômico, sendo mais fortes quando mais coesas e institucionalmente amparadas forem. A construção do trabalho se deu a partir da consulta a acervos públicos municipais e nacionais datados a partir de 1906, bem como da análise de obras reconhecidas como biografias oficiais sobre a cidade. Os dados foram tratados a partir de uma análise marxista do discurso, de forma que este se configure um elemento ideológico de uma superestrutura que mantém relação dialética com a base, com as questões da vida social. Os achados conduzem à existência de três núcleos de mitos fundadores, ligados ao desbravamento, à fundação do município e à vocação econômica e cultural da cidade. A transição entre estes dois últimos mitos fundadores é central neste trabalho, pois diz respeito a uma batalha entre representantes da oligarquia agrária e das indústrias. É nessa transição que se desvelam as tradições inventadas, na medida em que a vocação modernista demarca a passagem de cidade conservadora para a cidade progressista. A tradição modernista imposta à cidade é decorrência de uma disputa pelo controle político da cidade da qual um dos grupos participantes era formado por industriais. Assim, o capital vê na arquitetura moderna não apenas a possibilidade de assumir o controle político, como também de demarcar a fundação de uma nova cidade, distinta daquela herdada de uma economia cafeeira gerida por velhas oligarquias. This paper aims a historical incursion into the formation of Cataguases-MG to understand how founding myths and invented traditions ascribe meanings to cities, which is an object increasingly present within the organizational studies. Invented traditions and founding myths constitute an indestructible link in that traditions represent a past that should be preserved as a way of regaining significant changes in society. This tradition demands ways to be recognized as the new status quo and rely on legal, political, cultural and economics apparatus, being stronger when tradition becomes more cohesive and institutionally supported. This study is based on the examination of local and national public collections dating from 1906 as well as the analysis of works recognized as official biographies of the city. Data were analyzed from a Marxist perspective, so that discourse could be viewed as an ideological element of a superstructure that holds dialectical relationship with the base, with issues of social life. The findings lead to the existence of three cores founding myths relating to the clearing, the foundation and the economic and cultural vocation of the city. The transition between these two last founding myths is central to this work, as it concerns a battle between representatives. The invented traditions are unveiled in this transition period, to the extent that the modernist calling delimits the change from the conservative to the progressive city. The imposed modernist tradition is a result of a dispute over political control of the city, in which one of the groups of participants consisted of industrialists. Thus capital sees in modernist architecture not only the possibility of taking over political control, but also of defining the foundation of a new town, distinct from the one inherited from a coffee economy run by old oligarchies. Este trabajo propone una incursión histórica por la formación de Cataguases-MG con el objetivo de entender cómo los mitos fundacionales y las tradiciones inventadas atribuyen significados a las ciudades, objeto cada vez más presente dentro de los estudios organizacionales. Las tradiciones inventadas y los mitos fundacionales constituyen un vínculo indestructible en las tradiciones, pues representan un pasado que debe ser preservado como una manera de recuperar los cambios significativos de la sociedad. Esta tradición exige necesariamente formas de ser reconocida como un nuevo estatus ya que se basa en los aparatos legal, político, cultural y económico. Y cuanto más cohesionada y amparada institucionalmente sea esta tradición, más fuerte se presenta. La construcción de este trabajo ha empezado por la consulta a los archivos públicos locales y nacionales, con documentos que datan a partir de 1906, así como el análisis de las biografías reconocidamente oficiales de la ciudad. Los datos fueron analizados a partir del discurso marxista, de modo que este pudiera ser tratado como un elemento ideológico de una superestructura que mantiene relación dialéctica con la base, es decir, con los temas de la vida social. Los análisis conducen a la existencia de tres núcleos de mitos fundacionales, relacionados con el descubrimiento, la fundación y la vocación económica y cultural de la ciudad. La transición entre estos dos últimos mitos fundacionales es el tema central de este trabajo, pues trata de la batalla entre los representantes de la oligarquía agraria y de las industrias. Y es justo en esta transición que se destapan las tradiciones inventadas, en la medida que la vocación modernista es el marco del paso de una ciudad conservadora para una ciudad progresista. La tradición modernista impuesta a la ciudad es el resultado de una disputa por el control político en la que uno de los grupos participantes fue formado por la industria. De este modo el capital ve en la arquitectura moderna no sólo la capacidad de asumir el control político, sino que también la posibilidad de demarcar las bases de una nueva ciudad, diferente de aquella heredada de una economía cafetera gestionada por viejas oligarquías
  • Editor: São Paulo: Mackenzie Presbyterian University
  • Idioma: Inglês;Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.