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Sujeito da/na cibercultura: o discurso do cinema na era do amor virtual

Silva, Jonathan Raphael Bertassi Da

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto 2016-11-10

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Sujeito da/na cibercultura: o discurso do cinema na era do amor virtual
  • Autor: Silva, Jonathan Raphael Bertassi Da
  • Orientador: Sousa, Lucília Maria Abrahão e
  • Assuntos: Análise Do Discurso; Cinema; Cibercultura; Imaginário; Discourse Analysis; Movies; Cyberculture; Imaginary
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este trabalho propõe investigar o imaginário sobre as relações amorosas vivenciadas pelo sujeito na contemporaneidade, marcada pela forte presença da cibercultura, tais como retratadas no discurso artístico evidenciado em seis filmes. Os longas-metragens selecionados para compor a pesquisa, representando heterogeneidade de países e gêneros cinematográficos, são: Apaixonado Thomas (Thomas est Amoureux, 2000), de Pierre-Paul Renders; Im a Cyborg, But Thats OK (Saibogujiman Kwenchana, 2006), de Chan-Wook Park; A Garota Ideal (Lars and the Real Girl, 2007), de Craig Gillespie; Catfish (2010), de Henry Joost e Ariel Schulman; Medianeras (2011), de Gustavo Taretto e, finalmente, Ela (Her), de Spike Jonze. Para tanto, partiremos do referencial teórico da Análise do Discurso (AD) de matriz francesa, sobretudo o trabalho de Michel Pêcheux e os autores que compartilha(va)m a preocupação em observar o discurso como processo imbricado numa rede de múltiplas significações, ao invés de se limitar a perceber o sentido como um produto pronto e acabado a ser extraído pelos leitores. Definindo a linguagem como trabalho, a disciplina desloca a importância dada à função referencial da linguagem, a qual ocupa posição nuclear na Linguística clássica, que defende esse enfoque na comunicação, ou na informação; assim, o viés da AD entende a linguagem como ato sócio-histórico-ideológico, sem negar o conflito, a contradição, as relações de poder que ela traz em seu bojo. Para analisar recortes dos filmes a partir das condições de produção da cibercultura, mobilizamos conceitos da AD sobre a linguagem no processo discursivo não-verbal. Deste modo, ao analisar os recortes e segmentos dos filmes mencionados que instalam sentidos a partir das condições de produção da cibercultura, mobilizamos conceitos da AD sobre o processo discursivo não-verbal, como nas publicações de Neckel (2004, 2010), Souza (2001) e Orlandi (1993), entre outros. A cibercultura, notamos, não pode ser reduzida à Internet e deve ser entendida em sua influência em outros campos, como o corpo e o cinema, para que possamos efetivamente compreender como a cibercultura mudou o imaginário sobre o amor, o que o discurso artístico pode nos revelar tão bem. Em vista disso, trabalhamos ainda com os subsídios de autores da sociologia e da filosofia como Bauman (2001, 2004), Bell (2001, 2007) e Lemos (2010), entre outros, para compreender como o sujeito discursiviza(-se) na era do amor virtual a partir do conceito de imaginário discursivo e de condições de produção, tendo como norte o contexto da contemporaneidade marcado pela sociedade líquido-moderna. Tal como descreve Bell, a cibercultura tem muitas histórias nos interessando, sobretudo, a história política e a história simbólica, em especial esta por nos remeter às narrativas da/sobre a cibercultura na arte. O corpo, por sinal, é um dos conceitos em movência na era da cibercultura, sendo de nosso interesse investigar essas gestos tanto no âmbito da AD quanto com o suporte de outros teóricos. Nesse sentido, o manifesto do ciborgue de Donna Haraway (2013) sobre a ressignificação dos corpos e do amor a partir da pós-modernidade também nos auxilia a interpretar o discurso dos longasmetragens. A partir dessas inquietações, buscamos compreender os modos de subjetivação que se inscrevem da/na cibercultura, a partir das condições de produção que (re)configuram o jogo das formações discursivas na memória e no discurso artístico.
  • DOI: 10.11606/T.59.2017.tde-18012017-102249
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2016-11-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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