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Conexões da interculturalidade: cidades, educação, política e festas entre Sateré-Mawé do Baixo Amazonas

Fiori, Ana Leticia De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2018-08-03

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Conexões da interculturalidade: cidades, educação, política e festas entre Sateré-Mawé do Baixo Amazonas
  • Autor: Fiori, Ana Leticia De
  • Orientador: Magnani, Jose Guilherme Cantor
  • Assuntos: Educação Indígena; Sateré-Mawé; Política Indígena; Interculturalidade; Etnologia Urbana; Ensino Superior Indígena; Indigenous Higher Education; Indigenous Politics; Indigenous Education; Interculturalism; Urban Ethnology
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Esta tese, desenvolvida no âmbito do Grupo de Etnologia Urbana do Núcleo de Antropologia Urbana da USP discute os enredamentos entre educação, cidade e política a partir das experiências sateré-mawé com Ensino Superior. O trabalho é desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, documental, entrevistas e, principalmente, da etnografia desenvolvida individualmente e junto a outros pesquisadores do GEU, cuja coparticipação deu-se em campo e na produção de cadernos de campo coletivos. Esta etnografia centra-se na cidade de Parintins-AM (médio-baixo Amazonas), na turma de Parintins do curso de Pedagogia Intercultural (2009 e 2014) oferecido pela Universidade do Estado do Amazonas UEA, e nas circulações dos acadêmicos indígenas Sateré-Mawé e suas práticas por entre as cidades e as aldeias da Terra Indígena Andirá-Marau, sobretudo a aldeia Ponta Alegre. Ao longo dos cinco capítulos, a etnografia desenvolvida entre os Sateré-Mawé é apresentada face a discussões sobre modelos analíticos da antropologia acerca de objetos como cidade, cultura e interculturalidade, redes de saberes, ensino superior indígena, estado, política dos e para indígenas e festas. Exploro as conexões parciais engendradas pela presença de acadêmicos sateré-mawé na universidade e sua circulação por instituições (escolas, secretarias, etc.), práticas (ensino, política, lazer), eventos (feiras escolares, eventos acadêmicos, rituais, futebol) e modos de conhecimento e enunciação. Apresento reflexões que emergiram na interlocução com os Sateré-Mawé acerca das relações engendradas pelo dispositivo da interculturalidade, como suas interpretações do Festival Folclórico do Boi Bumbá, principal atividade econômica de Parintins; e da proposta de uma Livre Academia do Wará, a universidade indígena proposta pelo Consórcio de Produtores Sateré-Mawé. Discuto como enquadram seus intuitos de ter uma \"educação dos brancos\" em suas cosmopolíticas face ao mito do Imperador, o sistema de conhecimento do guaraná e a Festa da Tucandeira. O Imperador é um demiurgo relacionado a eventos históricos e à habilidade sateré-mawé de pacificar e canalizar potências dos brancos, agora situadas nos currículos e diplomas universitários. Os Sateré-Mawé são \"filhos do Guaraná\", uma planta professora que transforma o ethos guerreiro no uso diplomático de \"boas palavras\", necessárias à formação do bom professor. Os cantos da Tucandeira, festa mais conhecida dos Sateré-Mawé, trazem as Sehay Pooti (boas palavras) ensinando os jovens que dançam suportando a dor da luva de formigas. Mais do que diacríticos de uma identidade indígena, estes mitos e ritos formam um complexo sistema de saberes que delineiam as compreensões Sateré-Mawé sobre suas agências na contemporaneidade.
  • DOI: 10.11606/T.8.2018.tde-13122018-163358
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2018-08-03
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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