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Participação do sistema serotonérgico da substância cinzenta periaquedutal dorsal na mediação das respostas de esquiva inibitória e fuga em ratos submetidos ao teste do labirinto em T elevado

Janaina Menezes Zanoveli Hélio Zangrossi Júnior

2002

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Zanoveli, Janaina Menezes )(Acessar)

  • Título:
    Participação do sistema serotonérgico da substância cinzenta periaquedutal dorsal na mediação das respostas de esquiva inibitória e fuga em ratos submetidos ao teste do labirinto em T elevado
  • Autor: Janaina Menezes Zanoveli
  • Hélio Zangrossi Júnior
  • Assuntos: FARMACOLOGIA
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A substância cinzenta periaquedutal dorsal (SCPD) é uma estrutura cerebral implicada na geração/expressão de comportamentos defensivos. A estimulação elétrica ou química da SCPD evoca respostas comportamentais defensivas indicativas de um estado de intenso medo/ansiedade. A resposta de fuga induzida pela estimulação dessa estrutura tem sido utilizada como um modelo animal para o estudo do pânico. Trabalhos na literatura mostram que drogas clinicamente relevantes no tratamento do pânico inibem o comportamento de fuga induzido pela estimulação elétrica da SCPD. Também tem sido observada a inibição do comportamento de fuga após a injeção de agonistas de receptores serotonérgicos do tipo 5-HT1A, e 5-HT2 diretamente nessa estrutura cerebral. Estes resultados sugerem o envolvimento de mecanismos serotonérgicos da SCPD em processos relacionados ao pânico. O presente estudo tem como objetivo comparar os efeitos da administração intra-SCPD de agonistas de receptores serotonérgicos do tipo 5-HT1A e 5-HT2 na modulação de respostas condicionadas e incondicionadas de medo/ansiedade. Para tal, utilizamos como modelo experimental de ansiedade o labirinto em T elevado (LTE). Este modelo é capaz de gerar em um mesmo rato respostas de esquiva inibitória e de fuga, as quais têm sido relacionadas, respectivamente, à ansiedade generalizada e ao pânico. Dentro deste objetivo maior, é de particular interesse verificar a generalidade da participação de receptores serotonérgicos do tipo
    5-HT1A e 5-HT2, presentes na SCPD, na modulação da resposta de fuga induzida por um estímulo aversivo de natureza distinta ao propiciado pela estimulação elétrica ou química desta estrutura mesencefálica. Para tal, os animais receberam injeção intra-SCPD do agonista endógeno serotonina (5-HT; 5, 10 ou 20 nmol), do agonista de receptor do tipo 5-HT1A 8-OH-DPAT (0.8, 1.6 ou 3.2 nmol), do agonista de receptores do tipo 5-HT2A/2C DOI (4, 8 ou 16 nmol) ) ou do agonista de receptores do tipo 5H2B/2C mCPP (10, 20 ou 40 nmol). Os efeitos destes agonistas foram investigados em animais com (pré-expostos) ou sem (ingênuos) uma exposição prévia, de 30 minutos e um dos braços abertos do LTE. Trabalhos prévios da literatura mostram que a pré-exposição ao braço aberto potencializa a resposta de fuga, o que favorece a detecção de efeito de drogas que atuam no pânico. Os resultados mostram que, tanto em animais com ou sem exposição prévia ao braço aberto do LTE, a 5-HT e o mCPP favoreceram a aquisição de esquiva inibitória, sugerindo um efeito do tipo ansiogênico. Já o 8-OH-DPAT prejudicou a aquisição desta resposta, indicando um efeito do tipo ansiolítico, enquanto que o DOI foi destituído de efeito. Por outro lado, a exposição prévia a um dos braços abertos do LTE altera o efeito das drogas sobre a resposta de fuga. Assim, observou-se que somente nos animais pré?expostos a 5-HT, o 8OH-DPAT e o DOI inibiram a resposta de fuga, um efeito do tipo panicolítico. Por
    sua vez, o mCPP inibiu esta resposta nos animais com ou sem pré-exposição. Estes resultados, aliados às evidências prévias da literatura, sugerem que receptores serotonérgicos do tipo 5-HT1A a 5-HT2C da SCPD participam, de maneira oposta, da modulação da resposta de esquiva inibitória no LTE, sendo que a ativação do primeiro tipo inibiria enquanto que a do segundo tipo facilitaria a aquisição desta resposta. Já receptores do tipo 5-HT2A não parecem desempenhar um papel importante nesta modulação. Além disso, os receptores do tipo 5-HT1A e 5-HT2A da SCPD parecem participar, de maneira análoga, da modulação da resposta de fuga no LTE, sendo que a ativação de ambos inibe este comportamento. Por fim, sugerimos que a introdução do procedimento de exposição prévia a um dos braços abertos do LTE, favorece o use da resposta de fuga no LTE como medida comportamental para o estudo do pânico
  • Data de criação/publicação: 2002
  • Formato: 69 p.
  • Idioma: Português

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