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Estudo do sistema reprodutor masculino do Lobo-Marinho-do- Sul (Arctocephalus australis)

Machado, Alex Sander Dias

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 2006-05-31

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estudo do sistema reprodutor masculino do Lobo-Marinho-do- Sul (Arctocephalus australis)
  • Autor: Machado, Alex Sander Dias
  • Orientador: Papa, Paula de Carvalho
  • Assuntos: Arctocephalus Australis; Anatomia; Reprodução Animal; Sistema Reprodutor Masculino; Arctocephalus Australis; Anatomy; Animal Reproduction; Male Reproductive System
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O Lobo-Marinho-do-Sul (Arctocephalus australis), carnívoro, caniforme, membro da superfamília dos Focóides, família Otaridae, é o mais comum mamífero marinho pertencente à fauna brasileira. É freqüentemente avistado, nos meses de outono e inverno na costa do Brasil, desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Ainda é discutido se algum dia este animal já possuiu colônias reprodutivas neste país. É histórica a grande pressão antrópica que esta espécie recebeu, sendo explorado pelas populações litorâneas, para aproveitamento de sua pele, óleo e carne desde a antiguidade. No Uruguai, foram por muitos séculos abatidos em números que variavam em torno de 10 mil animais por ano, com o intuito de aproveitamento de sua pele para a confecção de casacos e testículos, para confecção de elixires no Oriente. Porém, deixou de ser explorado comercialmente naquele país na década de 80 e desde então seu número vem aumentando, e por isso especula-se sobre o surgimento de novos sítios reprodutivos em ilhas pedregosas, típicas de sua preferência. É possível até que estuários como o de Cananéia no litoral sul do Estado de São Paulo - BR, possam receber esta espécie nos meses de verão, o que, de acordo com a sazonalidade de sua reprodução, ocorre nesta época. Esse novo "pólo reprodutivo" pode representar um desbravamento de novas áreas (ou mesmo retorno a antigas áreas) pela espécie. É ainda muito escassa a literatura sobre esta espécie e poucos pesquisadores brasileiros a conhecem. Este trabalho buscou através da coleta de indivíduos (cinco jovens e um adulto) em óbito recente, por causas naturais, contribuir com conhecimentos anatômicos, histológicos, ultraestruturais e imuno-histoquímicos do sistema reprodutor masculino do Arctocephalus australis de animais jovens e adultos. Os resultados demonstraram muitas vezes a singularidade da espécie estudada: expressiva queratinização da camada córnea do epitélio escrotal e forte coloração negra nesta região; diferença estrutural existente entre as túnicas albugínea do testículo e do pênis: na primeira observaram-se fibras elásticas bem distribuídas e ausência destas fibras na segunda; ausência de ampolas nos ductos deferentes; uretra pélvica pequena; bulbo do pênis ventral aos pilares penianos e posicionamento singular do seu osso peniano; glande do pênis petaliforme. Encontramos um grande grau de adaptação do sistema reprodutor do macho ao da fêmea, nas duas idades estudadas, demonstrando que a evolução foi direcionada para o ciclo reprodutivo do tipo monoéstrico-estacional, de modo a otimizar a cópula e o volume do ejaculado, garantindo a deposição do sêmem o mais próximo possível do óstio uterino externo da fêmea, e conseqüentemente uma maior taxa de concepção.
  • DOI: 10.11606/D.10.2006.tde-05042007-122702
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Data de criação/publicação: 2006-05-31
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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