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Evolução tectônica da frente da Nappe Andrelândia: Orógeno Brasília Meridional

Lima, Rafael Bittencourt

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 2013-04-23

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Evolução tectônica da frente da Nappe Andrelândia: Orógeno Brasília Meridional
  • Autor: Lima, Rafael Bittencourt
  • Orientador: Campos Neto, Mario da Costa
  • Assuntos: Não Disponível; Not Available
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A frente da nappe Andrelândia está sotoposta à nappe Liberdade e cavalga as unidades metapsamíticas do Alóctone Serra da Bandeira, correlato ao Grupo Carancas, na região de Santana do Garambéu-MG. A litoestratigrafia da nappe Andrelândia, bem preservada na Serra de Cataguases e adjacências, compreende da base para o topo: rutilo-estaurolita-cianita-granada-muscovita-biotita xisto porfiroblástico (xisto Rio Capivari); granada-biotita-plagioclásio-quartzo xisto homogêneo (xisto Santo Antônio); rutilo-estaurolita-cianita-granada-biotita-muscovita-plagioclásio-quartzo xisto porfiroblástico com níveis granoblásticos, níveis ricos em muscovita e plagioclásio e lentes métricas de quartzitos (biotita xisto Cataguases), que grada para o topo para quartzito micáceo a muscovita-quartzo xisto (xisto Serra da Boa Vista). A foliação metamórfica principal \'S IND.2\' é desenvolvida essencialmente sob deformação não-coaxial, em fáceis anfibolito e com conspícua lineação mineral (cianita, muscovita, plagioclásio e rutilo) e de estiramento, orientadas preferencialmente para SW (213°/14°). Os indicadores cinemáticos, como sigmoides de quartzo, evidenciam transporte da placa superior para nordeste. A frente da nappe Andrelândia estrutura-se em escama de topo que cavalga sobre megadobramento recumbente e anisopaco, com comprimento de onda (\'lâmbda\') médio de 1000 m por 700 m de amplitude (\'alfa\'), orientado NW-SE, configurando sinformes nas Serras de Cataguases e Santana, separadas por uma antiforme isoclinal. Falhas de cavalgamento para NE e falha normal dúctil de baixo ângulo para W rompem a sinforma recumbente da Serra de Cataguases. O conjunto \'D IND.2\' e \'D IND.3\' é regionalmente deformado por dobramento normal, orientado SW e com dimensões de 1250m de \'lâmbda\'/2 por 250m de \'alfa\'. Estas dobras apresentam geometria cilíndrica, que indica o caráter recumbente do dobramento anterior. A megaestrutura define uma figura de interferência do tipo-2. O geotermômetro Zr in Rutilo sugere um padrão metamórfico invertido para a frente da nappe Andrelândia, com temperaturas de cerca de 702°C para o contato superior com a nappe Liberdade e cerca de 615°C para o contato inferior com o Alóctone Serra da Bandeira, quando comparadas em um horizonte de 10Kbar de pressão. O geotermobarômetro GASP indica condições de pico metamórfico pré-Sn em condições alta pressão, em torno de 649+/-48 °C e 10+/-0,9 kbar na parte central da área. Estudos isotópicos permitiram o estabelecimento da idade máxima de sedimentação para o xisto Santo Antônio em 648Ma, com populações criogenianas (690 e 807Ma) juvenis como contribuições mais expressivas, seguida por diversas populações meso a paleoproterozóicas, com destaque para contribuição juvenil de zircões de 1,5 Ga, exóticos ao cráton do São Francisco. O xisto Serra da Boa Vista apresenta maior população de zircões de 625Ma, com características de bacia tipo flysch, com sedimentação sin-orogênica. O magmatismo básico entre 790 Ma e 670 Ma, o metamorfismo de alta pressão dos segmentos subductados há ~645 Ma e a idade da colisão, situam a evolução do prisma acrescionário em 170 Ma, do Criogeniano médio ao Ediacarano inferior. Assim, os metawackes do xisto Santo Antônio devem representar uma bacia de ante-arco, desenvolvida sobre segmentos do prisma acrescionário de longa duração, 60 Ma, a partir do Criogeniano superior. A idade do metamorfismo de alta pressão do prisma acrescionário, registrada em detritos de zircão na bacia de ante-arco, o vulcanismo cálcio-alcalino juvenil e proximal, e a presença de prováveis olistolitos de rochas básicas, indicam, como a assinatura química dos sedimentos, a evolução da bacia de ante-arco durante um período tectonicamente ativo.
  • DOI: 10.11606/D.44.2013.tde-12062015-094445
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 2013-04-23
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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