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Saúde oral, capacidade mastigatória e estado nutricional de indivíduos pós-tratamento de câncer de cabeça e pescoço

Gonçalves, Jeanne Kelly

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia de Bauru 2015-04-01

Acesso online

  • Título:
    Saúde oral, capacidade mastigatória e estado nutricional de indivíduos pós-tratamento de câncer de cabeça e pescoço
  • Autor: Gonçalves, Jeanne Kelly
  • Orientador: Lauris, José Roberto Pereira
  • Assuntos: Câncer De Cabeça E Pescoço; Capacidade Mastigatória; Estado Nutricional; Saúde Oral; Head And Neck Cancer; Masticatory Capacity; Nutritional Status; Oral Health
  • Descrição: Câncer de cabeça e pescoço é um termo amplo comumente utilizado para definir neoplasias da cavidade oral, faringe e laringe. O tratamento com cirurgia, quimioterapia e radioterapia está associado a vários efeitos colaterais, dentre eles prejuízos na condição oral, capacidade mastigatória e quadros de desnutrição. O presente estudo teve como objetivo verificar a influência da condição de saúde oral sobre a capacidade mastigatória e o estado nutricional em indivíduos que realizaram tratamento para câncer de cabeça e pescoço. A condição oral foi avaliada de acordo com a classificação do índice CPOD, CPI e avaliação de uso e necessidade de prótese; a capacidade mastigatória com o uso da Escala Funcional Intraoral de Glasgow; e o estado nutricional por meio do R24h e antropometria (ASG-PPP, IMC, CB, PCT e CMB). Foram incluídos no estudo dados de 23 indivíduos (18 homens e 5 mulheres) após tratamento do câncer de cabeça e pescoço com idade média de 57 anos. De acordo com a avaliação da condição oral, o CPOD médio foi 24,3, 43,4% da amostra era edêntulo, 91,3% necessitavam de prótese e apenas 56,5% utilizavam prótese. Indivíduos idosos apresentaram maior índice de utilização de prótese. O estado de saúde oral foi correlacionado com a capacidade mastigatória, onde 78,2% da amostra relataram dificuldade de mastigação. Além disso, a maior necessidade de prótese e pior capacidade mastigatória correlacionaram-se com maior pontuação da ASG-PPP, e o maior CPOD com menor PCT. A ASG-PPP indicou que 86,9% da amostra apresentava risco ou algum grau de desnutrição, 73,9% disfagia, 65,2% xerostomia, 60,8% disgeusia e 60,8% problemas dentários. O IMC e a CB indicaram eutrofia em 69,5% e 47,8% da amostra respectivamente, e nesta pesquisa ambos não foram bons indicativos de estado nutricional. A avaliação de tecido muscular (CMB) e adiposo (PCT) indicaram desnutrição em 69,5% e 34,7% da amostra, respectivamente. Já a avaliação dietética mostrou que 52,1%, 34,7% e 65,2% dos participantes da pesquisa apresentavam ingestão de energia, proteína e lipídeo maior que a sua necessidade, e 65,2%, 86,9%, 91,3%, 82,6%, 60,8%, 60,8%, consumo de carboidrato, fibra, ácido fólico, cálcio, ferro e riboflavina abaixo da sua necessidade, respectivamente. A maior escolaridade correlacionou-se com menor consumo de alimentos fonte de selênio e zinco, e maior consumo de B12, assim como a pior saúde oral e capacidade mastigatória correlacionaram-se com maior quantidade de vitamina A, cálcio, vitamina D, riboflavina, B12, ácido fólico e zinco, e menor quantidade de carboidrato, ferro e niacina da dieta. Desta maneira, podemos concluir que a condição oral influenciou a capacidade mastigatória de indivíduos após tratamento de câncer de cabeça e pescoço, e esta, quando prejudicada, correlacionou-se com o maior risco nutricional e perda de tecido adiposo. Além disso, a condição oral prejudicada contribuiu para a inadequação na ingestão de macro e micronutrientes.
  • DOI: 10.11606/D.25.2015.tde-19062015-161901
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia de Bauru
  • Data de criação/publicação: 2015-04-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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