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Vivenciando a detecção precoce do câncer cérvico-uterino nas cidades de Kobe/Kawasaki- Japão e São Paulo-Brasil uma visão da fenomenologia social

Rosa Yuka Sato Chubaci Míriam Aparecida Barbosa Merighi

2004

Localização: EACH - Esc. Artes, Ciências e Humanidades    (t616.99465 C559v ) e outros locais(Acessar)

  • Título:
    Vivenciando a detecção precoce do câncer cérvico-uterino nas cidades de Kobe/Kawasaki- Japão e São Paulo-Brasil uma visão da fenomenologia social
  • Autor: Rosa Yuka Sato Chubaci
  • Míriam Aparecida Barbosa Merighi
  • Assuntos: NEOPLASIAS DOS GENITAIS FEMININOS; NEOPLASIAS DO COLO UTERINO (PREVENÇÃO E CONTROLE); ESFREGAÇO VAGINAL; SAÚDE DA MULHER; FENOMENOLOGIA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este estudo sobre a vivência das mulheres japonesas e brasileiras descendentes de japoneses na detecção precoce do câncer cérvico-uterino, foi motivada pela alta incidência desse tipo de câncer na atualidade e a disparidade de sua ocorrência em diferentes países do mundo. O percurso metodológico constou de dois momentos: o primeiro quantitativo de caráter exploratório, revelou as características das mulheres em relação a nacionalidade e ao exame preventivo - o Papanicolaou. Os principais resultados mostraram que das 149 mulheres que participaram do estudo, 53,0% eram japonesas e 47,0% eram brasileiras. As mulheres das duas nacionalidades - 83,5% - tinham um alto nível de escolaridade, possuindo o nível médio completo ou superior completo. Com relação ao exame de Papanicolaou, a grande maioria das mulheres - 82,6% - que participaram do estudo, realiza o exame de detecção precoce do câncer cérvico-uterino, sendo que as mulheres brasileiras fazem mais exames que as japonesas. A grande maioria das mulheres brasileiras - 76,2% - e a maioria das mulheres japonesas - 56,9% - realizaram o exame de Papanicolaou com intervalo de 1 ano. Em relação ao conhecimento sobre o exame, a grande maioria das mulheres japonesas - 92,2% - e todas as mulheres brasileiras sabiam o motivo da realização do exame de Papanicolaou. A maioria das mulheres brasileiras - 63,9% - foi incentivada a fazer o exame de Papanicolaou pelo seu ginecologista, enquanto que no Japão 25,9% das mulheres foram
    incentivadas pela campanha de prevenção e 23,5% pelo seu ginecologista. Verificou-se que as mulheres japonesas, - 53,6% - tiveram mais dificuldade para realizar o exame de Papanicolaou, que as mulheres brasileiras - 10,8%. As mulheres japonesas - 58,7% - atribuem à "vergonha" como a maior dificuldade para fazer o exame de Papanicolaou, enquanto que para as mulheres brasileiras - 40%- citaram o esquecimento. Quanto à razão para fazerem o exame de Papanicolaou as mulheres brasileiras - 48,6% - atribuem à "importância de evitar doenças ginecológicas", 30,5% atribuem à "recomendação médica", enquanto que 31,5% das mulheres japonesas atribuem à "importância de evitar doenças ginecológicas" e 31,5% atribuem à "campanha de prevenção". No segundo momento qualitativo, foram analisados 17 depoimentos, segundo o referencial da Fenomenologia Social de Alfred Schütz, revelando dois tipos vividos. O primeiro tipo vivido da mulher que faz o exame de Papanicolaou ficou constituído pela pessoa que preocupa-se em cuidar de si mesma; busca a segurança e tranquilidade; tem medo da doença; procuram a confiança no profissional; tem o suporte para fazer o exame; são motivadas a submeter-se ao exame e tem confiança no exame como medida preventiva. O segundo tipo vivido da mulher que não faz o exame de Papanicolaou é constituído pela pessoa que evita pensar em doenças; sente-se jovem e bem de saúde; despreocupada em prevenir-se; tem pouco conhecimento da doença
    e do exame; sente vergonha e medo em realizar o exame; não tem o hábito de ir ao ginecologista e não encontra tempo para cuidar-se. As mulheres que participaram deste estudo mostraram os motivos para e porque fazem e não fazem o exame de detecção precoce do câncer cérvico-uterino, fazendo-me refletir sobre a importância de considerar a mulher em sua totalidade, pois possuem sentimentos, vivenciam o cotidiano, interagem com o seu mundo social. Dentro desse mundo social, as mulheres japonesas e brasileiras definem para si mesmas a ação de realizar ou não o exame de Papanicolaou segundo a sua atitude natural, ou seja, de acordo com a maneira pela qual elas experienciam o mundo intersubjetivo, seja no mundo do senso comum ou no mundo cotidiano.
  • Data de criação/publicação: 2004
  • Formato: 184 p. + anexos.
  • Idioma: Português

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