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Caracterização estrutural e geocronológica dos domínios tectônicos da porção sul-oriental do Estado de São Paulo

Claudia Regina Passarelli 1969- Mario da Costa Campos Neto 1950-

2001

Localização: IGC - Instituto de Geociências    (T P286 CR.c )(Acessar)

  • Título:
    Caracterização estrutural e geocronológica dos domínios tectônicos da porção sul-oriental do Estado de São Paulo
  • Autor: Claudia Regina Passarelli 1969-
  • Mario da Costa Campos Neto 1950-
  • Assuntos: GEOCRONOLOGIA; GEOTECTÔNICA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O grande incentivo para realização deste trabalho, foi a complexidade geológica que envolve os terrenos Pré-Cambrianos da porção sul oriental do Estado de São Paulo, tendo como cidades limites principais, Mongaguá, Sete Barras, Pariquera-Açu, Iguape e Peruíbe. Utilizando-se de diversas ferramentas como a petrologia, geologia estrutural, geoquímica, geocronologia e geologia isotópica, procurou-se melhor definir e caracterizar os terrenos que constituem a área de estudo, reconhecendo-se quatro importantes blocos tectônicos. O quadro tectônico atual observado na região estudada, estabeleceu-se no final do Neoproterozóico, como resultado de colagens associadas à formação do Gondwana Ocidental. O Bloco Embu, ocorre a norte da Zona de Cisalhamento Cubatão (ZCC), predominando, na área de estudo, rochas metassedimentares, localmente migmatíticas, e granitos peraluminosos intrusivos. Apresentam forte estruturação em torno de E-W, reflexo do Sistema de Cisalhamento Cubatão Itariri (SCCI). Os litotipos graníticos apresentaram idades de formação em torno de 600 Ma (U-Pb - monazitas), interpretadas como, relacionadas à fase tardi-colisional do Cinturão Ribeira, responsável pelo desenvolvimento do SCCI. O Bloco Mongaguá, é limitado a NW pela ZCC, a SW pela Zona de Cisalhamento Itariri (ZCI) e a leste pelo Oceano Atlântico. Predominam rochas gnáissico-migmatíticas, envolvendo termos graníticos e dioríticos. As rochas graníticas deste domínio foram subdivididas em três
    grupos principais: Granito Tipo Itariri, Areado e Ribeirão do Óleo. Apresentam estruturação geral E-NE, com exceção das rochas gnáissicas de Itanhaém, com estruturação NW e mergulhos sub-horizontais. Os termos graníticos apresentaram heranças isotópicas com idades U-Pb (zircões) no intercepto inferior entre 580 e 640 Ma. Os valores próximos a 600 Ma, foram interpretados como relacionados à época de mistura de magmas (mingle / mix), possivelmente em processos ) distensionais. As análises isotópicas de Nd e Sr indicam que os precursores crustais destas rochas se diferenciaram do manto em épocas paleoproterozóicas distintas e tiveram origens a partir de fontes distintas com características de reservatórios crustais. O Bloco Registro é limitado a norte pelo SCCI e a sul pela Zona de Cisalhamento Serrinha (ZCS). É composto por rochas graníticas com feições migmatíticas, que mostram diferentes graus de assimilação com material máfico diorítico, e rochas metassedimentares, representadas pelos paragnaisses do Maciço da Juréia. Apresenta estruturação NW, e E-NE, quando influenciadas pela cinemática do SCCI. As rochas granito-migmatíticas sugerem associação com processos distensionais, com formação de diques sin-plutônicos e enclaves, relacionados a mingling e mixing de materiais distintos, ocorrido possivelmente em épocas paleoproterozóicas (idades U-Pb zircões entre 2.2 e 1.9 Ga). Adicionalmente, mostram-se intensamente afetadas pelo evento
    tectono-termal brasiliano, apresentando rochas gnáissicas com idades U-Pb (zircões) de 600 Ma, e idades intercepto inferior em torno de 580 Ma. As idades 'T IND. DM' obtidas concentram-se principalmente entre 2.7 e 2.9 Ga. As rochas gnáissicas do Maciço da Juréia apresentaram idade U-Pb em monazitas de 750 Ma, interpretada como importante evento térmico gerador de metamorfismo do fácies anfibolito. O Granito Votupoca, intrusivo nas rochas gnáissico-migmatíticas, correlacionado à Suíte Granítica Serra do Mar, apresentou idade de 582 Ma. O SCCI, constitui-se por granitóides, e subordinadamente metassedimentos, miloníticos e protomiloníticos. Para facilidade de estudo, foram considerados domínios distintos, onde o ramo A-B apresenta direção preferencial em torno de E-W e o ramo C em torno de N60E. As rochas afetadas pelo SCCI registraram, pelo menos, 2 fases importantes distintas de deformação. Uma fase está relacionada a uma ) movimentação sinistral com componente de abatimento para NW, com idade máxima de 600 Ma, e outra associada a movimentações sinistrais e dextrais com componente compressiva para SW. Reativações posteriores em condições mais rúpteis são observadas. Os litotipos investigados do Bloco Iguape, limitado a norte pela ZCS e a S-SE pelo Oceano Atlântico, envolvem rochas graníticas e metassedimentares com estruturação principal NE. As rochas metassedimentares englobam principalmente metassedimentos de baixo grau metamórfico. As rochas
    graníticas foram subdivididas em três grupos principais. Granitos que ocorrem no Maciço de Iguape, normalmente protomiloníticos, com idades em torno de 600 Ma, com assinatura geoquímica sugestiva de granitos de arcos-vulcânicos ou sin-colisionais. Os granitos da Serra do Paratiú/Cordeiro e os Granitos da Serra de Itapitangui, apresentam características de rochas graníticas do tipo intra-placa e idades em torno de 580 Ma. Os três grupos graníticos apresentaram carecterísitcas geoquímicas e isotópicas distintasl A ZCS, apresenta direção principal em torno de E-W, com movimentação dextral e afeta rochas graníticas e metassedimentares. Apresenta importante ramificação com direção SE, e movimentação sinistral. Possivelmente, a justaposição entre estes blocos tectônicos ocorreu em épocas neoproterozóicas muito próximas. Neste trabalho sugere-se que a justaposição do Bloco Embu ao Bloco Registro, através de em zona de cisalhamento com direção aproximadamente E-W, deu-se em torno de 606 Ma. Granitos peraluminosos intrusivos no Bloco Embu, com cerca de 598 Ma, associados ao SCCI, podem estar relacionados à justaposição do Bloco Mongaguá, aos Blocos Registro e Embu. Esta justaposição se deu através de uma movimentação sinistral na ramificação B (direção E-W) e dextral na ramificação C (direção NE) do SCCI. A associação do regime distensivo, interpretado como responsável pela geração ) as rochas gnáissico-migmatíticas do Bloco Mongaguá (612 '+ OU -' Ma), à cinemática de
    justaposição do Bloco Mongaguá aos Blocos Embu e Registro (598 '+ OU -' 8 Ma) ainda é incerta, podendo representar um regime anterior à justaposição dos blocos, ou mesmo um regime distensional associado a esta justaposição. A época mais provável da justaposição do Bloco Iguape ao Registro, entre 570 e 580 Ma é sugerida através de datações U-Pb em monazitas de protomilonito granítico da ZCS. Datações K-Ar em biotitas em torno de 500 Ma, obtidas em rochas miloníticas do SCCI e da ZCS, são interpretadas como referentes à reativações posteriores ocorridas nestas zonas de cisalhamento
  • Data de criação/publicação: 2001
  • Formato: 254 p apêndices, + mapas.
  • Idioma: Português

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