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Biomarcadores de função tubular, filtração e permeabilidade renal no perioperatório de transplante hepático: utilidade no diagnóstico e no prognóstico da injúria renal aguda

Lima, Camila

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2021-05-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Biomarcadores de função tubular, filtração e permeabilidade renal no perioperatório de transplante hepático: utilidade no diagnóstico e no prognóstico da injúria renal aguda
  • Autor: Lima, Camila
  • Orientador: Macedo, Etienne Maria Vasconcellos de
  • Assuntos: Uromodulina; Ureia; Transplante De Fígado; Quimiocina Ccl2; Lipocalina-2; Lesão Renal Aguda; Interleucina-18; Cistatina-C; Albuminas; Biomarcadores; Cystatin C; Uromodulin; Urea; Albumins; Liver Transplant; Biomarkers; Lipocalin-2; Chemokine Ccl2; Interleukin-18; Acute Kidney Injury
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: A injúria renal aguda (IRA) é uma complicação comum no pósoperatório de transplante hepático (TH) e está associada às altas taxas de morbidade e mortalidade. O objetivo deste manuscrito é analisar se a avaliação da função renal, em diferentes segmentos do néfron, permite a predição - no diagnóstico e na progressão da IRA - da necessidade de terapia renal substutiva (TRS) e da mortalidade. Métodos: Amostras de sangue e urina foram coletadas no perioperatório de TH em 100 pacientes elegíveis. Foi avaliado o nível de expressão dos biomarcadores (BM), de acordo com a função afetada no néfron: filtração (P CYS e PENK); injúria (IL-18, KIM-1, NGAL e U CYS); estresse (GSTpi e L-FABP); reabsorção glomerular (a-1M e U ALB); secreção tubular (FePCS, FeHA, FeNa e FeU), concentração (OSM); fibrose (TIMP-1 e MCP-1) e de reserva tubular (UMOD) parada de ciclo celular (lesão DNA). O diagnóstico da IRA foi baseado no critério do Kidney Disease International Global Outcomes (KDIGO) pela creatinine sérica. O KDIGO 1 foi subclassificado de acordo com o International Club of Ascites (ICA). Resultados: Dos 100 pacientes submetidos ao TH, 89 (89%) desenvolveram IRA, pelo critério KDIGO, na primeira semana após o TH. Os pacientes sem IRA e KDIGO 1-A 37 (37%) foram resumidos como o grupo sem IRA e IRA leve, enquanto os KDIGO 1-B, 2 e 3 63 (63%) foram categorizados como o grupo com IRA grave; 34 pacientes necessitaram de TRS na primeira semana e 21 morreram dentro de 60 dias após o TH. Houve aumento significativo do nível dos BM: PENK, KIM-1, UNGAL, PNGAL, IL-18, GST-pi, LFABP, a-1M, ALB, MCP-1 e TIMP-1 entre pré e pós-operatório. Na determinação da IRA grave, destacaram-se os BM PENK, UNGAL e IL-18 com AUC/OR no pré e pós operatório, respectivamente: PENK pré-0,69/ 4,40 pós-0,83/ 46,01; UNGAL pré-0,69/ 2,46 pós-0,70/ 2,74 e IL-18 pré-0,77/ 8,85 pós-0,80/ 4,80. Na análise de decisão da árvore de classificação e regressão (CART), a melhor variável para determinar IRA grave foi o PENK no pré e no pós-TH, com precisão de 69,7% no pré. O PENK, junto com OSM e TIMP-1, teve precisão de 81% no pós-TH. Na predição de TRS, os BM com resultados promissores no pré e no pós-operatório com AUC/OR, respectivamente, foram: UNGAL pré- 0,71/ 4,45 pós- 0,76/ 10,45, L-FABP pré - 0,29/ 1,15, pós- 0,66/ 5,01 e MCP-1 pré - 0,68/ 2,65, pós- 0,80/6,81. No pós-TH também destacaram-se os BM: PENK, PNGAL, GST-pi, FeU, OSM e lesão DNA. As variáveis de escolha na CART no pré-TH foram UNGAL e L-FABP, com precisão de 75,76%; no pós-TH, foi a OSM, com precisão de 83% para TRS. Na predição da mortalidade, os BM com resultados promissores no pré e no pós-operatório com AUC/OR, respectivamente, foram: UNGAL pré- 0,67/ 2,33 pós- 0,67/ 12,52 e MCP-1 pré- 0,69/ 1,29, pós- 0,80/ 25,53. O BM MCP-1 do pós-TH também foi escolhido, pela CART, como melhor BM para determinar não sobreviventes, com precisão de 83%. Conclusão: A análise dos BM por segmentos do néfron permite uma visão mais ampliada da função renal além da filtração, assim como a seleção dos melhores BM em destaque por função no rim. O PENK provou ser o melhor biomarcador de filtração; o UNGAL e a IL-18 os melhores BM de injúria; o L-FABP o melhor BM de estresse; a FeU o melhor BM de secreção; a OSM o melhor BM de concentração; enquanto o MCP-1 e o TIMP-1 os melhores BM de fibrose. Os BM: FeU e OSM estão disponíveis na prática clínica e seus resultados promissores apontam uma janela de utilização clínica. Os resultados do estudo pontuaram que alguns BM (PENK, UNGAL, IL-18, L-FABP e MCP-1) conseguiram predizer desfechos de gravidade de IRA, necessidade de TRS e mortalidade no período pré-operatório - e isto pode auxiliar o manejo dos pacientes, quando esses BM estiverem disponíveis na prática clínica
  • DOI: 10.11606/T.5.2021.tde-27082021-094740
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2021-05-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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