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Efeitos clínicos e metabólicos do implante liberador de etonogestrel sobre o puerpério de mulheres sadias

Brito, Milena Bastos

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2009-03-23

Online access. The library also has physical copies.

  • Title:
    Efeitos clínicos e metabólicos do implante liberador de etonogestrel sobre o puerpério de mulheres sadias
  • Author: Brito, Milena Bastos
  • Supervisor: Macedo, Carolina Sales Vieira
  • Subjects: Amamentação; Metabólico; Etonogestrel; Puerpério; Contracepção; Clínico; Contraception; Clinic; Metabolic; Breastfeeding; Postpartum
  • Notes: Dissertação (Mestrado)
  • Description: Os contraceptivos de progestagênios isolados, como o implante de etonogestrel, representam uma opção para uso no puerpério. Classicamente, recomenda-se seu uso, a partir da sexta semana após o parto, mas sabe-se que para um grupo de pacientes de risco para curtos intervalos intergestacionais (com baixa adesão ou pouco acesso às orientações contraceptivas neste período), os mesmos podem ser prescritos no puerpério imediato. Porém, mais estudos são necessários para avaliar a segurança materna e neonatal/infantil do implante de etonogestrel (ETG), quando inserido no puerpério imediato. O objetivo do presente estudo foi avaliar dados de segurança materna (clínicos e metabólicos) e neonatal (clínicos) do uso do implante de ETG no puerpério imediato, durante as primeiras 12 semanas após o parto. Foram randomizadas 40 pacientes, entre 18-35 anos, no Ambulatório de Pré-Natal de Baixo Risco do HCFMRP-USP, para dois grupos: 20 para uso doimplante liberador de etonogestrel (ETG), inserido 24-48 horas após o parto; e 20 para uso de 150 mg de acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMP-D), a partir da 6ª semana de puerpério (grupo de controle). Os parâmetros clínicos avaliados foram: pressão arterial (PA), peso materno e neonatal, índice de massa corpórea (IMC), circunferência abdominal (CA) e taxa de manutenção de lactação até a 12ª segunda semanade puerpério. Os parâmetros laboratoriais avaliados foram: marcadores hepáticos (lesão e colestase): fosfatase alcalina (FA), gama-GT (?-GT), transaminase glutâmico-pirúvica (TGP),transaminase glutamínica oxalicética (TGO), bilirrubinas totais (BT), bilirrubina direta (BD), bilirrubina indireta (BI), albumina; marcadores inflamatórios: interleucina (IL)-6, fator de necrose tumoral alfa (TNF-?), proteína C reativa (PCR); lipidograma; hemograma e glicemia. As pacientes apresentavam características clínicase laboratoriais basais semelhantes. Observou-se redução do PA, triglicérides, LDL-colesterol, PCR, FA e elevação do peso dos recém-nascidos, da hemoglobina, plaquetas (mais pronunciada no grupo ETG) glicemia, TGP, BT, BD (mais pronunciada no grupo ETG), BI, albumina e durante as primeiras 12 semanas, em ambos os grupos, sem diferença entre eles. No entanto, o peso, IMC e CA reduziram-se mais no grupo ETG do que no grupo de controle entre o basal e a 6 a semana após o parto (ETG: - 4,64 ± 2,71Kg vs. controle: - 2,60 ± 2,45Kg, p=0,017; ETG: - 1,77 ± 1,06Kg/m 2 vs. controle: - 0,97 ± 0,95Kg/m 2 , p=0,026; ETG: -15,30 ± 6,72cm vs.controle: - 9,05 ± 5,84cm, p=0,003; respectivamente); os níveis de leucócitos apresentaram um aumento entre seis e 12 semanas no grupo de controle (ETG: - 440 ± 113céls/µL vs. controle: + 254 ± 377céls/µL, p= 0,005), com declínio entre o período basal e 12 semanas, semelhante em ambos os grupos; o nível de IL-6, apesar de declinar em ambos os grupos, apresentou variação estatisticamente maior entre o basal e 12 semanas no grupo ETG (ETG: -14,30 ± 20,33pg/mL vs.controle: - 6,09 ± 7,23pg/mL, p=0,035); os níveis de TNF-?elevaram-se apenas no grupo de controle, após seis semanas do uso de AMP-D (ETG: - 0,55 ± 2,46pg/mL vs. controle: + 2,21 ± 3,18pg/mL, p=0,001); os níveis de CT e HDL declinaram nos dois grupos com maior queda no grupo de controle, entre seis e 12 semanas pós-parto (ETG: - 7,4 ± 15,01mg/dL vs.controle: - 28,55 ± 17,71mg/dL, p=0,001; ETG: - 0,15 ± 5,02mg/dL vs.controle: - 12,45 ± 7,32mg/dL, p<0,0001; respectivamente); os valores da TGO reduziram mais no grupo de controle em relação ao grupo ETG na variação entre basal e 12 semanas pós-parto (ETG: - 0,40 ± 9,36U/L vs. controle: - 6,05 ± 8,07U/L, p=0,048). Todos os valores estavam dentro dos limites de normalidade para a faixa etária estudada. As demais variáveis e a taxa de manutenção da lactação exclusiva não diferiram entre os grupos. Podemos concluir que a inserção do implante liberador de ETG no pós-parto imediato não foi associada a efeitos clínicos deletérios maternos ou neonatais, nem a alterações laboratoriais maternas significativas.
  • DOI: 10.11606/D.17.2009.tde-26092013-170010
  • Publisher: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Creation Date: 2009-03-23
  • Format: Adobe PDF
  • Language: Portuguese

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