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Influência etária na resposta imunológica de bezerros à vacinação intranasal

Gomes, Renata Caminha

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 2016-04-29

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Influência etária na resposta imunológica de bezerros à vacinação intranasal
  • Autor: Gomes, Renata Caminha
  • Orientador: Libera, Alice Maria Melville Paiva Della
  • Assuntos: Bezerro; Sistema Respiratório; Resposta Vacinal; Via Intranasal; Immunossupressão; Intranasal Route; Immunosuppression; Calf; Vaccine Response; Respiratory System
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Devido à intensa oscilação de funções e mecanismos de defesa respiratórios evidenciados nos primeiros meses de vida dos bezerros, o discernimento do limiar etário para a resposta vacinal intranasal efetiva, atrelado ao risco de infecção e perfil da vacina são fundamentais para a pecuária racional. Diante disto, o estudo buscou comparar a resposta imune humoral e mediada por células, local e sistêmica, entre bezerros vacinados intranasalmente aos 15 ou 45 dias de vida com vacina polivalente contendo vírus sincicial respiratório bovino vivo modificado, cepas quimicamente alteradas de herpesvirus bovino tipo 1 e vírus da parainfluenza tipo 3, vírus da diarreia viral bovina tipos 1 e 2 inativados, além de culturas inativadas dos cinco sorotipos de Leptospira e adjuvante Quil-A. Foram utilizados 16 bezerros holandeses alocados em três grupos, o grupo GA composto por seis animais primovacinados aos 15 dias de idade, o grupo GB composto por cinco animais primovacinados aos 45 dias de idade e o grupo controle composto por cinco animais não vacinados. Os animais vacinados receberam uma segunda dose vacinal 21 dias após a primeira. Para avaliação da interferência da vacinação intranasal no estado geral dos bezerros, na expressão das populações leucocitárias, na capacidade fagocítica e microbicida, além da investigação de anticorpos humorais e locais, foram realizados exames clínicos e colhidas amostras de sangue e lavado broncoalveolar (LBA) antes da primeira e da segunda dose vacinal, bem como uma terceira colheita 21 dias após a segunda dose. Foi observado que após a vacinação a maioria dos animais vacinados apresentou manifestações clínicas respiratórias, acompanhadas de leucograma com declínio de leucócitos totais e linfócitos nos animais do GA em relação ao CTLA. Nos animais do GB além das manifestações clínicas, foi encontrada somente uma tendência ao aumento de neutrófilos em relação ao CTLB. Houve diminuição de macrófagos alveolares e aumento de neutrófilos sanguíneos e alveolares tanto na citologia do LBA quanto na imunofenotipagem dos animais do GA em relação ao CTLA e diminuição de macrófagos na citologia do LBA ao longo dos momentos do GA, enquanto que nos animais do GB houve diminuição de monócitos-like CD14+ ao longo dos momentos. Simultaneamente ao aumento de monócitos CD14+ ao longo dos momentos, foi notado o aumento de linfócitos TCD3+ CD4- CD8- nos animais do GA ao longo dos momentos e em relação ao CTLA. Além disso, a porcentagem de linfócitos sanguíneos TCD3+ aumentou no GA em relação ao CTLA, porém não acompanhada pelo aumento na porcentagem de células TCD4+ ou TCD8+ mas sim pelas populações TCD3+CD4-CD8- ao longo dos momentos e em relação ao CTLA e TCD3+ CD4+ CD8+ em relação ao CTLA. No LBA a porcentagem de células CD4+ diminuiu em relação ao CTLA. Nos animais do GB não houve diferença entre essas populações celulares, somente a diminuição de células CD4+ CD8+ em relação ao CTLB no LBA. Ao se avaliar as funções de fagocitose e microbicida dos grupos vacinados, foi constatada diminuição expressiva na maioria das avaliações após a vacinação, principalmente em relação ao GA. Em relação à resposta humoral por anticorpos, o estudo demonstrou que a resposta vacinal por via intranasal não sofreu influência de anticorpos colostrais, tampouco induziu imunidade sérica específica por anticorpos, no entanto, no LBA foi capaz de induzir aumento de IgA nos animais do GA e uma tendência ao aumento em animais do GB. Diante dos resultados, conclui-se que: a resposta à vacina utilizada por via intranasal em bezerros com 15 dias de idade é diferente de quando utilizada aos 45 dias, e que causou alterações de exame clínico, leucograma e citologia do LBA mais intensas nos animais vacinados aos 15 dias de idade. Embora não apresente resposta anticorpo específica sistêmica em ambos os casos, aos 15 dias apresentou resposta neutrofílica e monocítica sistêmica acompanhada de aumento de linfócitos T duplo negativos e duplo positivos, enquanto a resposta local celular foi pobre em macrófagos e rica em neutrófilos e IgA, porém com comprometimento das funções celulares. Dessa forma, a vacina utilizada nesse período, por via intranasal, em especial aos 15 dias de idade pode predispor o animal a infecções bacterianas secundárias. No entanto, deve-se ficar claro que este resultado se aplica somente a estas condições de vacina, via e idade
  • DOI: 10.11606/T.10.2016.tde-22092016-113115
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Data de criação/publicação: 2016-04-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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