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Mortalidade neonatal em uma coorte de recém nascidos de muito baixo peso

Márcia Furquim de Almeida

2010

Localização: FSP - Faculdade de Saúde Pública    (LD 120 )(Acessar)

  • Título:
    Mortalidade neonatal em uma coorte de recém nascidos de muito baixo peso
  • Autor: Márcia Furquim de Almeida
  • Assuntos: MORTALIDADE NEONATAL; ESTUDOS DE COORTES -- SÃO PAULO (SP) REGIÃO SUL; RECÉM-NASCIDO DE MUITO BAIXO PESO; FATORES DE RISCO
  • Notas: Tese (Livre Docência)
  • Descrição: Resumo Introdução: com o declínio da mortalidade infantil o componente neonatal passou a ser predominante, paralelamente tem se observado uma tendência de aumento dos nascimentos de pré-termo e de muito baixo peso. Objetivo: analisar os fatores de risco da mortalidade neonatal em uma coorte de nascimentos de muito baixo peso na região sul do município de São Paulo. Material e métodos: a coorte foi inicialmente obtida por meio da linkage de dados de nascimentos e óbitos, posteriormente foram realizadas entrevistas domiciliares e obtidos dados dos prontuários hospitalares para obtenção dos dados. Foi realizada uma análise de sobrevida e empregado o modelo de Coxo Resultados: A coorte é formada por 213 nascidos VIVOS de muito baixo peso onde ocorreram 112 óbitos neonatais. Há uma redução da mortalidade neonatal com o aumento do peso ao nascer e da idade gestacional. Os recém nascidos de extremo baixo peso « 1.000g) e extremamente prematuros (lG <28 semanas) apresentam elevada mortalidade no primeiro dia de vida. Não se encontrou sobreviventes com peso inferior a 700g. O acesso a UTIN foi garantido para 72por cento destes recém nascidos, a transferência para outros hospitais foi mínima (3) e ocorreram somente 6 partos em hospitais de pequeno porte. O tratamento com surfactante foi destinado a 52por cento dos recém nascidos. Encontrou-se associação estatisticamente significante entre a mortalidade neonatal e a residência das mães em local de favela (HR: 1,8; IC95por cento : 1,0-2,7); mães com historia reprodutiva de parto cesáreo anterior ( HR:l,7;IC95por cento :I,I-2,5) e aborto provocado anterior (HR:3,7 ;IC95por cento : 1,5-9,4) e com idade inferior a 20 anos (HR: 1,6;IC95por cento : 1,0- 2,4). (Continua)
    (Continuação) Foram ainda considerados como risco a presença de sangramento na gestação (HR:3,7 ;IC95por cento :1,1-2,9) e a ausência de atenção pré-natal (HR:2,0; IC95por cento :1,3-3,3), os partos cesarianos apresentaram efeito protetor (HR:0,4;IC95por cento : 0,3-0,7). Contribuem para a mortalidade neonatal os nascimentos com peso inferior a 1.000g (HR: 4,7; IC95por cento : 3,1-7,2) e os que tinham índice de Apgar inferior a 7 (HR:2,3;IC95por cento : 1 ,3- 4,0).A internação em berçário normal mostrou efeito protetor (HR:0,4;IC95por cento :0,2-0,9). Conclusões: A residência das mães em local de favela entre os fatores de risco pode expressar situação de exclusão social e de dificuldade de acesso a serviços de saúde A ausência de sobreviventes com menos de 700g e a elevada mortalidade no primeiro dia de vida sugerem que medidas mais pró-ativas para assegurar a sobrevivência destinam­ se a recém nascidos de maior viabilidade. Os fatores de risco presentes na mortalidade neonatal poderão auxiliar na identificação de gestantes de risco ainda na atenção pré­ natal e assim garantir assistência mais freqüente e adequada a essas gestantes. A elevada mortalidade encontrada entre os recém nascidos com peso acima de 1.OOOg e idade gestacional acima de 28 semanas sugere que é possível aprimorar a assistência prestada e conseguir ganhos na redução da mortalidade neonatal
  • Data de criação/publicação: 2010
  • Formato: 75 p il., tab..
  • Idioma: Português

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