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Subjetivação docente: a singularidade constituída na relação entre o professor e a escola

Souza, Irene Garcia Costa De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação 2012-06-13

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Subjetivação docente: a singularidade constituída na relação entre o professor e a escola
  • Autor: Souza, Irene Garcia Costa De
  • Orientador: Colello, Silvia de Mattos Gasparian
  • Assuntos: Docência; Educação Infantil; Subjetividade; Early Childhood Education; Subjectivity; Teaching
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Psicologia e Educação
  • Descrição: A presente pesquisa tem como objetivo mapear os processos de subjetivação docente na escola de Educação Infantil da Cidade de São Paulo a partir de dois eixos: eu profissional que analisa a trajetória até a docência de Educação Infantil, e, eu na profissão que investiga o exercício profissional docente. A partir do referencial histórico-cultural, entende-se o sujeito em uma perspectiva complexa perpassado pela história e pela cultura, em processo de constituição permanente, cuja atividade profissional também é complexa envolvendo-o intelectual e afetivamente. Assim, a forma como cada professor atua profissionalmente se sustenta com base em conhecimentos e em modos de fazer e ser professor, em processos que, por um lado, são constituídos socialmente, mas, por outro lado, são singulares. A partir deste pressuposto, a Teoria da Subjetividade, desenvolvida por Luís Fernando González Rey, fundamenta o trabalho contribuindo com a explicitação de conceitos como subjetividade, subjetividade individual e subjetividade social, que auxiliam na problematização e análise dos dados. A investigação assumiu três critérios considerados determinantes não só para a compreensão do percurso histórico da Educação Infantil em São Paulo, como para os processos de subjetivação docente: a função da escola de Educação Infantil, as concepções de criança e aprendizagem e o sentido do papel do professor. As narrativas autobiográficas dos professores foram estimuladas por uma entrevista semiestruturada. Como sujeitos da investigação selecionou-se 12 professoras de Educação Infantil subdivididas em 4 grupos referenciados nos tempos de exercício da profissão docente (1975-1984, 1985-1994, 1995-2004, 2005-2011) que fundamentaram a análise do percurso histórico e do mapeamento dos processos de subjetivação dos professores. Conclui-se nesta pesquisa que o processo de subjetivação docente é marcado fortemente pelo cotidiano vivido nas escolas, perpassado pelas condições de trabalho, pelas relações pessoais e, pelos sujeitos que nela atuam. Na subjetividade individual dos docentes o sentido de ser professor de Educação Infantil se transforma na passagem do eixo eu profissional para o eixo eu na profissão revelando frustração e desencanto dos sujeitos, resistências e desistências. Por sua vez, a subjetividade social da escola de Educação Infantil é caracterizada pela tensão e pelo conflito gerado por incertezas quanto à sua especificidade, pela oscilação entre diferentes perspectivas de sua função, da criança e do professor. Assim, os profissionais possuem sentidos subjetivos diferenciados, que constituem a forma como veem a si e sua profissão e, como se posicionam em seu contexto de trabalho: a escola. Esta conclusão traz implicações para a reflexão sobre as abordagens formativas desses professores, permitindo postular a necessidade de se considerar como parte do processo formativo o sujeito professor e a subjetividade docente, envolvendo pensamento, afetividade e vontade.
  • DOI: 10.11606/T.48.2012.tde-16082012-114112
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação
  • Data de criação/publicação: 2012-06-13
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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