skip to main content
Primo Advanced Search
Primo Advanced Search Query Term
Primo Advanced Search prefilters

Tendência e magnitude da mortalidade por câncer no Brasil e sua relação com condições socioeconômicas e provisão de serviços de saúde

Bigoni, Alessandro

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2023-03-17

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Tendência e magnitude da mortalidade por câncer no Brasil e sua relação com condições socioeconômicas e provisão de serviços de saúde
  • Autor: Bigoni, Alessandro
  • Orientador: Antunes, Jose Leopoldo Ferreira
  • Assuntos: Câncer; Sistemas De Saúde; Epidemiologia Do Câncer; Estatística; Mortalidade; Cancer; Mortality; Health Systems; Cancer Epidemiology; Statistics
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: A Organização Mundial de Saúde estima 10 milhões de óbitos devidos a neoplasias em 2019, totalizando 17% de todas as causas de morte do planeta. Desigualdades na mortalidade por câncer podem estar relacionadas aos determinantes socioeconômicos da incidência da doença, assim como à efetividade e resiliência de serviços de saúde. Objetivos: Estimar a tendência e a magnitude da mortalidade por câncer no Brasil, explorar a relação desses desfechos com indicadores socioeconômicos e de provisão de serviços de saúde e, por fim, discutir a resiliência e funcionalidade do sistema de saúde brasileiro frente à pandemia de COVID-19. Métodos: Dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal são disponibilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Informações a respeito de provisões de saúde e registro de óbitos foram extraídas das bases de acesso público do Ministério da Saúde. Demais dados demográficos foram informados pelos recenseamentos gerais, com estimativas para os anos intercensitários fornecidas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A mortalidade foi calculada com ajuste por sexo e idade pelo método direto e tomando o padrão de população proposto pela Organização Mundial de Saúde. Para as análises de tendência foi utilizada a regressão de Prais-Winsten. Para demais dados descritivos foi utilizada a variação percentual relativa. Resultados: Tendências de cânceres aumentaram no Norte e Nordeste e mantiveram-se majoritariamente decrescentes ou estacionárias no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A variação de tendências entre regiões intermediárias foi mais pronunciada no Norte e Nordeste. Regiões intermediárias com alto índices de desenvolvimento humano, gastos de saúde e leitos hospitalares obtiveram tendências crescentes menores do que as regiões com valores baixos desses indicadores para a maior parte dos grupos de câncer estudados. Em 2018, as macrorregiões mais ricas do país, Sul e Sudeste, aplicaram mais verbas em saúde na média por habitante e puderam dispor mais leitos e realizar mais internações hospitalares e atendimentos ambulatoriais per capita. Quando essas variáveis foram medidas nas regiões intermediárias, também foi verificado o mesmo padrão de melhores resultados para as áreas com IDH mais elevado. O governo brasileiro não levou em consideração que estados mais vulneráveis estavam mais suscetíveis aos impactos da pandemia de COVID-19. A falta de planejamento acarretou a redução de 25% dos procedimentos SUS. Conclusões: Tendências crescentes de mortalidade em regiões de baixa-renda podem refletir sobrecarga de seus sistemas de saúde locais já fragilizados. Aumentar o volume de provisões de serviços de saúde e reduzir disparidades socioeconômicas pode prevenir um aumento nas tendências de mortalidade por câncer em regiões marginalizadas do país. Macrorregiões e a maioria das regiões intermediárias do país são desigualmente preparadas para atender às necessidades gerais de saúde de suas populações, o que foi exposto e agravado pela pandemia de COVID-19. A falta de planejamento governamental para aumentar a resiliência do SUS resultou no aumento das disparidades do sistema de saúde no território brasileiro.
  • DOI: 10.11606/T.6.2023.tde-19042023-165831
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2023-03-17
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.