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Saúde de mães e crianças no Brasil progressos e desafios

Cesar Gomes Victora Estela Maria Motta Lima Leão de Aquino; Maria do Carmo Leal; Carlos Augusto Monteiro; Fernando Celso Lopes Fernandes de Barros; Celia Landmann Szwarcwald

The Lancet London Special number, p. 32-46, May 2011

London 2011

Localização: FSP - Faculdade de Saúde Pública    (HNT-07/2011 )(Acessar)

  • Título:
    Saúde de mães e crianças no Brasil progressos e desafios
  • Autor: Cesar Gomes Victora
  • Estela Maria Motta Lima Leão de Aquino; Maria do Carmo Leal; Carlos Augusto Monteiro; Fernando Celso Lopes Fernandes de Barros; Celia Landmann Szwarcwald
  • Assuntos: SAÚDE MATERNO-INFANTIL (ESTATÍSTICAS E DADOS NUMÉRICOS INDICADORES) -- BRASIL; SAÚDE REPRODUTIVA (ESTATÍSTICAS E DADOS NUMÉRICOS INDICADORES) -- BRASIL; SAÚDE DA CRIANÇA (ESTATÍSTICAS E DADOS NUMÉRICOS INDICADORES) -- BRASIL; MORTALIDADE MATERNA (EPIDEMIOLOGIA) -- BRASIL; MORTALIDADE INFANTIL (EPIDEMIOLOGIA) -- BRASIL; DESNUTRIÇÃO INFANTIL (EPIDEMIOLOGIA) -- BRASIL; FATORES SOCIOECONÔMICOS (ASPECTOS POLÍTICOS) -- BRASIL
  • É parte de: The Lancet London Special number, p. 32-46, May 2011
  • Notas: Disponível online em inglês: <http://download.thelancet.com/pdfs/journals/lancet/PIIS0140673611601384.pdf?id=40bade4753939e7f:-cc787c2:130acfca90e:375f1308576151955>. Acesso em: 20 jun. 2011;Disponível em: <http://dx.doi.org/doi:10.1016/S0140-6736(11)60138-4>. Acesso em: 20 jun. 2011
  • Descrição: Nas últimas três décadas, o Brasil experimentou sucessivas transformações nos determinantes sociais das doenças e na organização dos serviços de saúde. Neste artigo, examinamos como essas mudanças afetaram os indicadores de saúde materna e de saúde e nutrição infantil. São utilizados dados de estatísticas vitais, censos populacionais, inquéritos de demografia e saúde e publicações obtidas de diversas outras fontes. Nesse período, os coeficientes de mortalidade infantil foram substancialmente reduzidos, com taxa anual de decréscimo de 5,5 por cento nas décadas de 1980 e 1990 e 4,4 por cento no período 2000-08, atingindo vinte mortes por 1.000 nascidos vivos em 2008. As mortes neonatais foram responsáveis por 68 por cento das mortes infantis. Deficits de altura entre crianças menores de 5 anos diminuíram de 37 por cento, em 1974-75, para 7 por cento, em 2006-07. As diferenças regionais referentes aos deficits de altura e à mortalidade de crianças foram igualmente reduzidas. O acesso à maioria das intervenções de saúde dirigidas às mães e às crianças foi substancialmente ampliado, quase atingindo coberturas universais, e as desigualdades regionais de acesso a tais intervenções foram notavelmente reduzidas. A duração mediana da amamentação aumentou de 2,5 meses nos anos 1970 para 14 meses em 2006-07. Estatísticas oficiais revelam níveis estáveis de mortalidade materna durante os últimos quinze anos, mas estimativas baseadas em modelos estatísticos indicam uma redução anual de 4 por cento, uma tendência que pode não ter sido observada nos dados de registro devido às melhorias no sistema de notificação de óbitos e à ampliação das investigações sobre óbitos de mulheres em idade reprodutiva
    As razões para o progresso alcançado pelo Brasil incluem: modificações socioeconômicas e demográficas (crescimento econômico, redução das disparidades de renda entre as populações mais ricas e mais pobres, urbanização, melhoria na educação das mulheres e redução nas taxas de fecundidade); intervenções externas ao setor de saúde (programas condicionais de transferência de renda e melhorias no sistema de água e saneamento); programas verticais de saúde nos anos 1980 (promoção da amamentação, hidratação oral e imunizações); criação do Sistema Nacional de Saúde (SUS), mantido por impostos e contribuições sociais, cuja cobertura foi expandida para atingir as áreas mais pobres do país por intermédio do Programa de Saúde da Família, na metade dos anos 1990; e a implementação de vários programas nacionais e estaduais para melhoria da saúde e nutrição infantil e, em menor grau, para a promoção da saúde das mulheres. Apesar dos muitos progressos, desafios importantes ainda persistem, incluindo a medicalização abusiva (quase 50 por cento dos nascimentos ocorrem por cesariana), mortes maternas causadas por abortos inseguros e a alta frequência de nascimentos pré-termo
  • Editor: London
  • Data de criação/publicação: 2011
  • Formato: p. 32-46.
  • Idioma: Português

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