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Dialética e formalismo conceitual: sobre as contradições internas à Teoria do romance

Silva Filho, Antonio Vieira Da

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2011-09-02

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Dialética e formalismo conceitual: sobre as contradições internas à Teoria do romance
  • Autor: Silva Filho, Antonio Vieira Da
  • Orientador: Arantes, Paulo Eduardo
  • Assuntos: Épica; Hegel; Jovem Lukács; Teoria Do Romance; Romance; Epic; Theory Of The Novel; Young Lukacs
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este trabalho tem como ponto de orientação a relação da Teoria do romance de Lukács com a filosofia da arte de Hegel. O confronto com Hegel se coloca como tentativa de aclarar conceitualmente as relações da obra do jovem Lukács com as suas categorias estético-filosóficas, na medida em que essas últimas apontam para o problema da arte na experiência moderna. A relação entre as duas reflexões estéticas se apresenta entrecortada pelos diálogos do autor húngaro com o círculo weberiano historicista, que evidenciam certa divergência da Teoria do Romance com os Cursos de Estética de Hegel. O trabalho busca mostrar um conflito interno à Teoria do romance entre a perspectiva histórico-dialética, que demarca a retomada por Lukács da unidade hegeliana entre forma artística e conteúdo histórico, e o uso metodológico, de inspiração antidialética, do método típico-ideal, que se constitui a partir do corte epistêmico entre os planos dos conceitos e o da realidade. Esse conflito tem como ponto de partida a divergência de Lukács acerca da valoração positiva por Hegel da experiência moderna, valoração que se articula ao diagnóstico hegeliano do fim da arte como forma de exposição da verdade moderna e sua substituição pela verdade mediada da filosofia, capaz de apresentar a liberdade moderna como experiência de totalidade figurada no Estado. Lukács, com Hegel, aponta o princípio da subjetividade como fundamento constitutivo da modernidade e do romance. O romance, contudo, em oposição a Hegel, é entendido como a exposição verdadeira da nova relação do homem com a liberdade. Isto se dá porque, segundo Lukács, o princípio constitutivo da subjetividade romanesca coincide com a experiência fragmentada do mundo moderno. A liberdade subjetiva demarca, como para Hegel, uma experiência do homem que rompe com as experiências pré-modernas. Ela permanece todavia, para Lukács, caracterizada pela fragmentação, pelo isolamento do homem em relação às estruturas sociais. A totalidade do romance, assim, é entendida, por ele como a expressão do caráter formal da busca de superação da fragmentação pelo sujeito isolado da modernidade.
  • DOI: 10.11606/T.8.2011.tde-31052012-121952
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2011-09-02
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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