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Avaliação do processo de digestão do bagaço de cana-de-açúcar (Saccharum sp. L) auto-hidrolisado em bovinos

Castro, Fernando Basile De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1989-05-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Avaliação do processo de digestão do bagaço de cana-de-açúcar (Saccharum sp. L) auto-hidrolisado em bovinos
  • Autor: Castro, Fernando Basile De
  • Orientador: Machado, Paulo Fernando
  • Assuntos: Alimentos Volumosos; Bagaço De Cana Hidrolisado; Bovinos; Dieta Animal; Digestão; Digestibilidade
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo, localizada em Piracicaba, estado de São Paulo. O objetivo foi estudar o processo de digestão em bovinos, de dietas contendo bagaço de cana-de-açúcar auto-hidrolisado (BAH), como volumoso exclusivo. Este trabalho foi dividido em três fases: Fase I: para se obter um BAH com as melhores características para os ensaios de alimentação, foram efetuados·tratamentos em diferentes condições de pressão e tempo, quais sejam, pressão (Kgf/cm2) / tempo (minutos); 13/6, 13/8, 13/10, 15/4, 15/6, 15/8, 17/3, 17/5, 17/7, 19/4 e 19/6.·A avaliação dos tratamentos foi efetuada através das seguintes determinações: matéria seca, MS; extrato etéreo, EE; fibra em detergente neutro, FDN; fibra em detergente ácido, FDA; lignina; celulose; hemicelulose; digestibilidade verdadeira in vitro, DVIV; degradabilidade in situ da fração insolúvel, DISI; pH e furfural. Os resultados mostraram que, entre as determinações efetuadas, apenas lignina e DISI detectaram efeito de diferentes condições de tratamento. Através destas determinações concluiu-se que os melhores tratamentos foram: 17/7, 19/4 e 19/6. Para a avaliação posterior do BAH nos ensaios de alimentação utilizou-se o tratamento 19/6. Fase II: utilizou-se duas fêmeas adultas fistuladas e através da metodologia degradabilidade in situ, avaliou-se a degradação de 3 tipos de alimentos: 1. Bagaço degradabilidade in natura (BIN); BAH; e 3. Folhas de capim Elefante (Padrão) em três tipos de dietas: 1. 100% de feno; 2. 48,19% de BIN + 39,57% de milho + 12,24% de concentrado protéico; e 3. 65,65% de BAH + 15,99% de milho + 19,36% de concentrado protéico. Os resultados desta fase mostraram que a degradação efetiva e potencial do BIN foram semelhantes e que a degradação potencial do BAH é superior a degradação potencial do BIN. Porém, nas condições efetivas de degradação, ou seja, na dieta de BAH, a degradação do BAH se aproxima do BIN, indicando que existem grandes possibilidades de elevação do seu valor nutritivo. Fase III: utilizou-se seis fêmeas adultas fistuladas e através das determinações de digestibilidade in vivo; balanço de nitrogênio; produtos de fermentação ruminal: AGV, N-NH3 e pH; população de protozoários e cinética de passagem de fase líquida e sólida, avaliou-se as dietas 2. e 3. descritas anteriormente. Os resultados indicaram que a dieta de BAH proporcionou ao rúmen condições desfavoráveis à degradação de fibra, concordando com os resultados obtidos na fase II. Entre estas variáveis, destaca-se o baixo nível de N-NH3 e pH ruminal, elevada taxa de passagem de fase líquida e sólida e elevada população de protozoários. Observou-se também, a partir de cálculos em função da digestibilidade in vivo e produção estimada de AGV, que a dieta de BAH proporcionou maior consumo de energia digestível que a dieta de BIN. Porém a eficiência de utilização da dieta de BAH foi inferior, indicando que o BAH foi utilizado abaixo do seu potencial e que os resultados de desempenho obtidos com esta dieta são devidos principalmente ao elevado consumo e presença de carboidratos solúveis no BAH e não devido a maior utilização de sua fração fibrosa.
  • DOI: 10.11606/D.11.2019.tde-20191218-132006
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 1989-05-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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