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Investigação dos efeitos da inibição farmacológica de proteínas envolvidas na regulação do citoesqueleto e progressão do ciclo celular em leucemias agudas.

Carlos, Jorge Antonio Elias Godoy

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas 2020-12-10

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Investigação dos efeitos da inibição farmacológica de proteínas envolvidas na regulação do citoesqueleto e progressão do ciclo celular em leucemias agudas.
  • Autor: Carlos, Jorge Antonio Elias Godoy
  • Orientador: Machado Neto, João Agostinho
  • Assuntos: Stathmin 1; Mitose; Leucemias Agudas; Citoesqueleto; Aurora Quinases; Cytoskeleton; Aurora Kinases; Mitosis; Stathmin 1; Acute Leukemias
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: ICB - T.5660 - Observação - Tombo versão digital
  • Descrição: Introdução: As leucemias agudas (LA) são neoplasias agressivas caracterizadas pela proliferação clonal com substituição e acúmulo de células hematopoéticas neoplásicas na medula óssea e outros órgãos tornando a hematopoese um processo ineficaz. Em pacientes adultos com LA as opções terapêuticas são limitadas e as taxas de remissão apresentam um decréscimo com o aumento da idade. As proteínas aurora quinases (AURKs) e stathmin 1 (STMN1) tem sido apontadas como potenciais alvos terapêuticos em neoplasias hematológicas devido a expressão aberrante desses genes/proteínas. As AURKs são essenciais para o sucesso da mitose, atuando na organização do fuso mitótico e citocinese (AURKA e AURKB). A proteína STMN1 participa na dinâmica dos microtúbulos e progressão do ciclo celular. A reversina é um fármaco que atua como inibidor multiquinase apresentando seletividade para AURKA e AURKB. O GDP366 é descrito como inibidor seletivo para STMN1 e BIRC5, enquanto o AD80 foi identificado nesse estudo como um análogo de GDP366 por quimioinformática. Métodos: A expressão de AURKA, AURKB e STMN1 em amostras de pacientes foi investigada no banco de dados Amazonia! e/ou em um painel de linhagens celulares de LA. As células Jurkat [leucemia linfoblástica aguda (LLA)-T], Namalwa (LLA-B), NB4 [leucemia mieloide aguda (LMA)] e/ou U937 (LMA) foram utilizados em ensaios celulares e moleculares. Resultados: A expressão de AURKB foi maior em pacientes com LLA comparados aos linfócitos normais (p<0.0001). As linhagens LLA apresentam expressão e ativação aberrante de AURKA e AURKB. Em modelos celulares de LLA tratadas com reversina, houve redução da viabilidade celular (concentração e tempo dependente), crescimento clonal e proliferação, e aumento apoptose, organelas vesiculares ácidas e catástrofe mitótica (aumento de células em G2/M, tamanho celular e dano em DNA) (p<0.05). No cenário molecular, o tratamento com reversina reduziu a atividade de AURKB, aumentou consumo de SQSTM1/p62, os níveis de LC3BII e <font face = \"symbol\">gH2AX em modelos celulares de LLA. Em células Namalwa, reversina modulou 25 de 84 genes relacionados à autofagia, incluindo BCL2, BAD, ULK1, ATG10, IRGM, e MAP1LC3B indicando que o tratamento atua iniciando e mantendo o fluxo autofágico em LLA. A expressão de STMN1 foi maior em pacientes com LMA e LLA comparados às células hematológicas normais (p<0.0001). GDP366 e AD80 reduziram a viabilidade celular (concentração e tempo dependente), clonogenicidade e proliferação, aumentaram a apoptose, modularam a progressão do ciclo celular em modelos de LLA e LMA (p<0.05). Ambos os fármacos reduziram a fosforilação de S6RP, aumentaram níveis de PARP1 clivado e yH2AX. O AD80 promoveu diminuição da expressão de STMN1 e survivina, diferente do observado em células tratadas com GDP366. Em células Jurkat, GDP366 e AD80 modularam os genes relacionados ao citoesqueleto. Conclusão: O tratamento com reversina inibe a atividade das auroras quinases e reduz a viabilidade celular através de múltiplos mecanismos de morte celular: apoptose, catástrofe mitótica e autofagia. O GDP366 e AD80 reduzem múltiplas características relacionadas com o fenótipo leucêmico, incluindo a proliferação excessiva e a sobrevivência celular. Nossos achados indicam que fármacos que atuam sob as auroras quinases e STMN1 podem ser promissores no tratamento de leucemias agudas.
  • DOI: 10.11606/D.42.2020.tde-16032021-144952
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas
  • Data de criação/publicação: 2020-12-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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