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Mutantes de Brevibacterium flavum resistentes a drogas e sua produção de lisina

Nascimento, Gislene Garcia Franco Do

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1976-07-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Mutantes de Brevibacterium flavum resistentes a drogas e sua produção de lisina
  • Autor: Nascimento, Gislene Garcia Franco Do
  • Orientador: Azevedo, João Lúcio de
  • Assuntos: Bactérias; Lisina; Produção; Resistência Ao Medicamento
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O presente trabalho teve como objetivo a obtenção de mutantes resistentes na bactéria Brevibacterium flavum e a verificação de sua produção de lisina, ensaiando-se a variabilidade natural das populações sensível e mutantes. Foram também estudados alguns aspectos da biologia dessa bactéria. A resistência natural da bactéria ao ácido nalidíxico, azida de sódio, estreptomicina, eritromicina e vancomicina foi determinada e obteve-se mutantes resistentes às três últimas drogas. Foram construídas curvas de crescimento das linhagens original (em meio mínimo e nutriente líquido) e resistentes (em nutriente líquido). Determinou-se também as curvas de sobrevivência da linhagem original em relação à estreptomicina, eritromicina e vancomicina. Foi estudado ainda, o crescimento da linhagem original em competição com os mutantes através da mistura de linhagens. Um método semiquantitativo da avaliação do teor de lisina foi ensaiado e a produção de lisina nas linhagens original e mutantes, em diferentes meios de cultura foi feito através de um método quantitativo. Os níveis naturais de resistência dessa bactéria foram 1000, 500, 10, 5 e 0,5 µg/ml para ácido nalidíxico, azida de sódio, eritromicina, estreptomicina e vancomicina, respectivamente. Mutantes resistentes até 10000 µg/ml de estreptomicina, 200 µg/ml de eritromicina e 1 µg/ml de vancomicina, foram obtidos. Os tempos de geração, calculados a partir dos dados das curvas de crescimento, foram 1,75, 2,94, 1,81, 2,12 e 2,17 horas, respectivamente para as linhagens original cultivada em nutriente líquido e meio mínimo e mutantes resistentes à estreptomicina, eritromicina e vancomicina. O crescimento através da mistura de linhagens original e mutantes resistentes, mostrou que ao final de 72 horas, a porcentagem média de mutantes passou de 40,07 a 7,07, 69,87 a 22,20 e 52,12 a 15,19% respectivamente para estreptomicina, eritromicina e vancomicina. As Meias Vidas relativas encontradas para os mutantes resistentes à estreptomicina, eritromicina e vancomicina foram 22,58, 24,32 e 26,73 horas. A linhagem original produziu em média 66,65 µg/ml de lisina em meio mínimo e 283,13 µg/ml em meio mínimo de fermentação. Observou-se grande variabilidade natural quanto à produção de lisina, dentro das populações original e mutantes, sendo que a menor variação encontrada foi para mutantes resistentes à vancomicina nos dois meios de cultura. A maior variação foi para mutantes resistentes à estreptomicina em meio mínimo de fermentação. Com exceção do mutante str4 que diferiu de str2 em meio mínimo de fermentação, nenhuma variação foi detectada quanto à produção da lisina quando se comparou mutantes de cada grupo e original, nos dois meios de cultura considerados. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que: 1. a alta resistência da B. flavum à azida de sódio e ácido nalidíxico indica que essas drogas podem atuar como seletivas no isolamento de bactérias de fontes naturais. Por outro lado, mutantes resistentes à estreptomicina, eritromicina e vancomicina podem ser obtidos com relativa facilidade nesse microrganismo; 2. o modelo de resistência da estreptomicina, eritromicina e vancomicina frente à B. flavum é do tipo "um só passo"; 3. as mutações para resistência obtidas foram cromossomais, isso com base nas taxas de crescimento e curvas de sobrevivência; 4. o estudo da competição entre as linhagens original e mutantes mostra que as três drogas comportaram-se como fortes para a B. flavum; 5. a produção inalterada de lisina pelas linhagens original e mutantes, revela que estas últimas podem ser utilizadas em fermentações na prevenção de contaminantes. Por outro lado, as taxas de crescimento reduzidas dos mutantes resistentes em relação a linhagem original dificultaria essa utilização. É sugerido que introdução de plasmídeos de resistência possa ser usada nesse sentido; 6. o método semiquantitativo de avaliação do teor de lisina, pode ser utilizado para uma seleção inicial de colônias isoladas mais produtivas de lisina; 7. a correlação quanto à produção de lisina nos meios mínimo e mínimo de fermentação mostra que um único meio pode ser utilizado nessa avaliação; 8. a alta variabilidade encontrada em B. flavum para produção de lisina, sugere que as células podem conter mais de um genoma, ou que ligeiras variações ambientais podem influenciar nessa produção.
  • DOI: 10.11606/D.11.1976.tde-20240301-154657
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 1976-07-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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