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A relação entre os tecidos adiposo e ósseo em indivíduos com lipodistrofia parcial familiar

Moreira, Mariana Lima Mascarenhas

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2023-10-04

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A relação entre os tecidos adiposo e ósseo em indivíduos com lipodistrofia parcial familiar
  • Autor: Moreira, Mariana Lima Mascarenhas
  • Orientador: Paula, Francisco Jose Albuquerque de
  • Assuntos: Tecido Adiposo De Medula Óssea; Tbs; Densidade Mineral Óssea; Lipodistrofia; Resistência Insulínica; Lipodystrophy; Insulin Resistance; Bone Mineral Density; Bone Marrow Adipose Tissue
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A lipodistrofia parcial familiar (LPF) pertence a um grupo de doenças heterogêneas quanto à distribuição de gordura, associada a redução periférica do tecido adiposo, resistência insulínica (RI) e surgimento precoce de diabetes mellitus (DM). As doenças metabólicas e cardiovasculares têm atraído atenção de diversos grupos de pesquisa, enquanto existe escassez de dados sobre a doença esquelética nesta situação. O objetivo deste trabalho foi aprimorar a compreensão sobre a distribuição de tecido adiposo dos pacientes com LPF e caracterizar o fenótipo ósseo, bem como avaliar o impacto da RI e da deposição ectópica de gordura, em especial do tecido adiposo de medula óssea (TAMO) e dos lipídios musculares (IMCL e EMCL), sobre o tecido ósseo. Neste estudo transversal, 23 controles foram pareados com 20 pacientes LPF por idade, sexo e peso. Foram realizados exames bioquímicos gerais, e dosagens específicas de adipocinas e marcadores de remodelamento ósseo. A densitometria óssea foi usada para estimar a densidade mineral óssea (DMO), composição corporal e escore trabecular ósseo (TBS). A espectroscopia de 1H por ressonância magnética da coluna lombar, tíbia proximal e músculo sóleo foi empregada para avaliar a deposição de lipídios. Ainda, foi realizada cultura de osteoclastos, a partir de células do sangue periférico, para avaliar o potencial de osteoclastogênese. Os resultados mostram prevalência alta de DM e dislipidemia na LPF, enquanto leptina e osteocalcina séricas foram baixas nesses pacientes. A DMO foi similar entre os grupos em todos os sítios, exceto no rádio 33%, que foi menor na LPF. O TBS também foi reduzido na LPF. O TAMO total e a fração saturada de lipídios na coluna lombar (L3), bem como o IMCL foram mais elevados no grupo LPF que no controle. O mesmo ocorreu em relação à osteoclastogênese, que estava aumentada. Os dados mostram que não houve associação de TAMO, IMCL e diferenciação de osteoclastos com a DMO ou TBS, enquanto a leptina associou-se positivamente com o TBS. Já o índice de resistência insulínica HOMA-IR e EMCL apresentaram relação negativa com TBS, enquanto a osteocalcina e o EMCL tiveram associação negativa com a DMO. Esses dados contribuem para refinar o conhecimento sobre o padrão de distribuição do tecido adiposo na LPF, que é preservado na medula óssea e no tecido muscular. Os dados também são originais quanto ao fenótipo ósseo nesses pacientes, com comprometimento do TBS e da massa óssea no rádio 33%, sítio com predomínio de osso cortical. Os achados desse trabalho reforçam que parâmetros de RI não têm associação negativa com quantidade, mas sim com qualidade óssea. Portanto, diferentemente da obesidade e do DM2, na LPF existe prejuízo de manutenção da massa óssea do rádio 33%.
  • DOI: 10.11606/T.17.2023.tde-05022024-165642
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2023-10-04
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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