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Madeiras fósseis holocênicas de Ribeirão da Mata: anatomia ecológica, relações florísticas e interpretação paleoambiental da região arqueológica de Lagoa Santa, MG

Freire, Guilherme De Queiroz

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2011-04-29

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Madeiras fósseis holocênicas de Ribeirão da Mata: anatomia ecológica, relações florísticas e interpretação paleoambiental da região arqueológica de Lagoa Santa, MG
  • Autor: Freire, Guilherme De Queiroz
  • Orientador: Ceccantini, Gregório Cardoso Tápias
  • Assuntos: Anatomia Da Madeira; Lagoa Santa; Holoceno; Madeira Fóssil; Florística; Fossil Wood; Floristic Composition; Ecological Wood Anatomy; Holocene
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Esta tese foi concebida para se integrar ao eixo nº 5 (Paleoclimas e Paleoambientes no final do Peistoceno e Holoceno na região de Lagoa Santa) da terceira versão do projeto temático Origens e Microevolução do Homem na América: uma abordagem paleoantropológica (FAPESP proc. 04/01321-6), onde a principal questão abordada é a existência de um grande período (de 8.000 a 2.000 anos A.P) de drástica redução de sepultamentos e vestígios arqueológicos na região de Lagoa Santa, MG. Para esse período, as pesquisas palinológicas no Brasil central e sudeste, embora existam em número razoável, possuem interpretações paleoambientais contraditórias. Bem caracterizado no Hemisfério Norte, ao redor de 6000 anos A.P., o evento climático conhecido como Ótimo Climático, período predominantemente mais quente e úmido, se estabeleceu devido a uma maior insolação terrestre, propiciando a expansão de coberturas vegetais de maior porte e umidade de diversos pontos do globo e é sustentado por diversos autores para muitas localidades brasileiras. Por outro lado, embora não existam dúvidas de que o nível do mar esteve acima do atual na costa brasileira, é consenso que alterações climáticas foram mais amenas e aparentemente mais complexas. Amparados por este raciocínio, outros estudos sugerem eventos de seca no período aproximado de 6000 a 4500 anos A.P. Neste contexto, objetivando verificar a provável diferença climática ocorrida durante o Holoceno médio é confirmada pelo estudo de lenhos fósseis de região e sustenta a hipótese de a redução de sepultamentos da região reflete um deslocamento humano por causas climáticas, utilizaram-se duas abordagens diferentes no estudo anatômico de lenhos fósseis datados do Holoceno médio e tardio: uma abordagem florística, feita através da identificação taxonômica das amostras fósseis e comparação com localidades atuais; e através de uma abordagem anatômico-ecológica do lenho de Myroxylon peruiferum L.f., que utilizou correlações existentes entre o clima e as características anatômicas pra predizer o clima pretérito da região com base nas características anatômicas dos fósseis. Para a primeira abordagem, foram também realizados um levantamento florístico-lenhoso da APA Carste de Lagoa Santa e estudos fitossociológicos nas diferentes fitofisionomias da região, que proveram informações adicionais para as interpretações paleoambientais. Como resultado, os estudos florísticos e fitossociológicos, além de grande valia para a interpretação das assembléias fósseis, mostraram uma riqueza expressiva de espécies na região. A identificação das assembléias fósseis do Holoceno médio e tardio mostrou muita similaridade entre as duas assembléias, sugerindo a ausência de mudanças climáticas significativas a ponto de alterar a florística da região. Ainda, essas assembléias fósseis são relacionadas fortemente com o mosaico de vegetações existentes na região, que aponta para a manutenção desta vegetação desde o Holoceno médio. Por outro lado, a abordagem anatômico-ecológica revelou uma maior sazonalidade climática durante o Holoceno médio. Embora pareçam conflitantes, estes resultados são interpretados como complementares, e indicam um período sensivelmente mais sazonal no Holoceno médio, porém insuficientes para propiciar alterações florísticas no mosaico vegetacional que existia na época e caracteriza hoje a região. Esses resultados, portanto, não apóiam a hipótese de alterações intensas no clima, na flora e nem na presença das vegetações que ali existiam desde 5.000 anos A.P.
  • DOI: 10.11606/T.41.2011.tde-14122011-083056
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2011-04-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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