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A violência por parceiro íntimo e sua interface com a saúde reprodutiva da mulher

Meira, Thaís Helena Devitto

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2013-12-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A violência por parceiro íntimo e sua interface com a saúde reprodutiva da mulher
  • Autor: Meira, Thaís Helena Devitto
  • Orientador: Stefanello, Juliana
  • Assuntos: Gestação; Gestante; Saúde Reprodutiva; Violência Contra A Mulher; Pregnancy; Pregnant Women; Reproductive Health; Violence Against Women
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Ao se realizar uma interface entre a violência por parceiro íntimo (VPI) e suas relações para com a saúde da mulher, nota-se que as situações de violência tanto física como a sexual e psicológica afetam claramente a saúde sexual e reprodutiva, com impactos importantes. O presente estudo tem por objetivos: analisar aspectos da saúde reprodutiva das gestantes que estão associados à situação de VPI, durante a presente gestação; e identificar a prevalência de casos de VPI e classificar quanto ao tipo e momento da ocorrência. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, desenvolvido com gestantes em acompanhamento de pré-natal no CRSM-MATER, uma maternidade de baixo risco na cidade de Ribeirão Preto-SP. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de dois instrumentos, um para investigação da ocorrência da violência e outro para identificação de dados sociodemográficos e de saúde reprodutiva. Para verificar a associação entre as variáveis qualitativas, os dados foram submetidos ao Teste Exato de Fisher. Além disso, a quantificação desta associação foi mensurada por meio de modelos de regressão logística onde se calculou o Odds Ratio bruto (ORb) com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Todas as análises estatísticas foram realizadas com a utilização do software estatístico SAS® 9.0. A amostra constitui-se por 233 gestantes que passaram por consulta de pré-natal, no período de maio a dezembro de 2012. A ocorrência de VPI alguma vez na vida foi relatada por 55,36% das mulheres, enquanto, no período gestacional, verificou-se uma prevalência de 15,45% de violência geral, sendo 5,15% de violência física, 14,59% de violência psicológica e 0,43% de violência sexual. Observou-se associação entre a VPI e as mulheres que se autorreferiram de cor preta ou parda (p= 0,0052; ORb=3,344; IC 95%: 1,399; 7,997) e que não estavam em um relacionamento com seus companheiros, no período da entrevista (p= 0,0348; ORb =3,840; IC 95%:1,376; 10, 717). Nota-se uma tendência à VPI entre as mulheres em idade mais jovem, com baixa escolaridade e que não exercem atividade remunerada. As características de saúde reprodutiva apontam associação entre a VPI e as mulheres que não desejaram a atual gestação (p= 0,0020; ORb = 4,351; IC 95%: 1,786; 10,602), que raramente frequentam a consulta ginecológica (p= 0,0129; ORb = 2,971; IC 95%: 1,116; 7,911) e que, ao longo da vida, fizeram uso de método contraceptivo do tipo comportamental (p = 0,0572; ORb = 2,372; IC 95%: 1,023; 5,496). O estudo é precursor no Brasil e revelou algumas relações da VPI e suas implicações na saúde reprodutiva. Assim, outros estudos se fazem necessários para se compreender mais amplamente esta relação, além de se direcionar o olhar para a identificação das mulheres em situação de violência, a fim de melhorar as condições de saúde das mesmas, em especial da saúde reprodutiva, repensando as ações interventivas, relacionando-as não somente aos serviços de saúde mas também a uma conjuntura intersetorial
  • DOI: 10.11606/D.22.2013.tde-16012014-161036
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2013-12-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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