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Artesanato como ferramenta complementar ao ensino-aprendizagem de Ciências Morfológicas

Catia Helena de Almeida Lima Massari Maria Angélica Miglino

Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos Brasília v. 103, n. 263, p. 221-240, 2022

Brasília 2022

Localização: FMVZ - Fac. Med. Vet. e Zootecnia    (MIG - 675 )(Acessar)

  • Título:
    Artesanato como ferramenta complementar ao ensino-aprendizagem de Ciências Morfológicas
  • Autor: Catia Helena de Almeida Lima Massari
  • Maria Angélica Miglino
  • Assuntos: MORFOLOGIA (ANATOMIA) -- ESTUDO E ENSINO; MORFOLOGIA ANIMAL -- ESTUDO E ENSINO; CROCHE; ANATOMIA ARTÍSTICA -- VETERINÁRIA; Anatomia; Ensino De Ciências; Modelos Anatômicos
  • É parte de: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos Brasília v. 103, n. 263, p. 221-240, 2022
  • Notas: Disponível em: https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.103i263.4760. Acesso em: 17 maio 2022
  • Notas Locais: Na FMVZ, ver acervo: MIG-675 Documento Digital
  • Descrição: Este artigo objetiva apresentar o artesanato, por meio da técnica de crochê, como ferramenta para o ensino-aprendizagem de Ciências Morfológicas. Os estudantes do primeiro ano do curso de graduação em Medicina Veterinária da Universidade Nove de Julho (Uninove) que já possuíam experiência prévia com crochê foram estimulados a criar modelos em lã ou linha, relacionando-os aos conteúdos das aulas teóricas e práticas de Morfofisiologia Animal. Foram produzidos amigurumis representativos de órgãos respiratórios, placentas e órgãos urinários. O referencial teórico da pesquisa foi estruturado nos seguintes pontos: questionamento sobre a possibilidade de se aprender Anatomia fora do laboratório; relação simultânea da Anatomia com a Ciência e a Arte; efeitos de métodos complementares de ensino no desenvolvimento processual e técnico dos alunos e no desenvolvimento cognitivo desses discentes; e paradigma construtivista aplicado ao ensino superior na área da saúde e educação inclusiva de membros da família. Os resultados alcançados reforçam que a melhor maneira de ensinar e aprender Ciências Morfológicas é por meio da combinação de recursos pedagógicos que se complementem, em especial nesses tempos de enfrentamento da covid‐19, quando as aulas em laboratórios foram substituídas por práticas adaptadas em prol do isolamento social. Esta pesquisa, de natureza exploratória, certamente permitiu refletir acerca de “como” ensinar Anatomia de forma alternativa e possibilitar um maior envolvimento dos estudantes no processo de aprendizagem, em tempos de ensino remoto, com base em uma perspectiva construtivista.
    A ideia construtivista permitiu a inclusão da confecção dos amigurumis para fins de avaliação da aprendizagem em Anatomia, uma vez que os estudantes não foram julgados somente com base em um conhecimento específico, mas, sim, a partir de suas capacidades em resolver o problema da criação das peças anatômicas em domicílio com uma solução viável. Concluiu-se que é possível a criação de modelos sintéticos em crochê de relativa semelhança às peças anatômicas originais. Por fim, o impacto desta pesquisa está no fato de os amigurumis terem sido desenvolvidos com materiais de fácil acesso, textura macia e baixo custo, sendo uma técnica de artesanato em potencial para ser aplicada ao ensino de Ciências Morfológicas.
    Este artículo tiene como objetivo presentar la artesanía, por medio de la técnica del croché, como herramienta para la enseñanza y el aprendizaje de las Ciencias Morfológicas. Los alumnos del primer año de la carrera de Medicina Veterinaria de la Universidad Nove de Julho (Uninove) que tenían experiencia previa con el croché fueron animados por el profesor a crear modelos en lana o hilo, relacionándolos con los contenidos de las clases teóricas y prácticas de Morfofisiología Animal. Se produjeron amigurumis representativos de órganos respiratorios, placentas y órganos urinarios. El marco teórico de esta investigación se estructuró en los siguientes puntos: cuestionamiento de la posibilidad de aprender Anatomía fuera del laboratorio, relación simultánea de la Anatomía con la Ciencia y el Arte, efectos de los métodos de enseñanza complementarios al desarrollo procedimental y técnico de los estudiantes y el desarrollo cognitivo de estos estudiantes, paradigma constructivista aplicado a la educación superior en el área de la salud y la educación inclusiva para los miembros de la familia.
    Los resultados alcanzados refuerzan que la mejor manera de enseñar y aprender Ciencias Morfológicas es por medio de la combinación de recursos pedagógicos que se complementen, especialmente en estos tiempos de enfrentamiento en la covid-19, cuando las clases en los laboratorios fueron reemplazadas por prácticas adaptadas para el aislamiento social necesario. Esta investigación exploratoria, ciertamente, nos permitió reflexionar sobre “cómo” enseñar Anatomía de forma alternativa y proveer una mayor implicación de los estudiantes en el proceso de aprendizaje, en tiempos de educación a distancia, desde una perspectiva constructivista. La idea constructivista permitió la inclusión de la confección de amigurumis con el propósito de evaluar aprendizajes en Anatomía, ya que los estudiantes no eran juzgados solo con base en conocimientos específicos, sino en función de su capacidad para resolver el problema de crear las partes anatómicas con una solución viable. Concluimos que es posible crear modelos de croché sintéticos de relativa similitud con las piezas anatómicas originales. Finalmente, el impacto de esta investigación está en el hecho de que los amigurumi fueron desarrollados con materiales de fácil acceso, textura suave y bajo costo, siendo una técnica artesanal potencial para ser aplicada a la enseñanza de las Ciencias Morfológicas.
  • Editor: Brasília
  • Data de criação/publicação: 2022
  • Formato: p. 221-240.
  • Idioma: Português

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