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Ser mulher em Ciências da Natureza e Matemática

Rosenthal, Renata

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Ensino de Ciências (Física, Química e Biologia) 2018-03-02

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Ser mulher em Ciências da Natureza e Matemática
  • Autor: Rosenthal, Renata
  • Orientador: Muramatsu, Mikiya; Rezende, Daisy de Brito
  • Assuntos: Ciência; Educação; Gênero; Mulheres; Education; Gender; Sciences; Woman
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as mulheres ainda ganham menos do que os homens no mercado de trabalho: 76,1% da renda deles1. O relatório do Fórum Econômico Mundial de 2017 (acrônimo do inglês, WEF) mostrou que a desigualdade entre homens e mulheres voltou a crescer, em 2017, considerando-se quatro pilares - trabalho, educação, política e saúde - e que só seria possível alcançar a igualdade de gênero no país em cerca de 217 anos (o Brasil ocupa a nonagésima posição em relação à paridade de gênero nesses campos em uma classificação hierárquica em que se analisaram 144 países2). As mulheres passaram séculos proibidas de exercer seus direitos como cidadãs, de exercer atividades remuneradas fora do lar, de estudar e, apesar de no fim do século XIX elas terem começado a ingressar nas universidades, há áreas, como as das Ciências da Natureza, Tecnologias, Engenharias e Matemática, nas quais, até hoje, a quantidade de mulheres não é significativa. Houve um aumento do número de mulheres nessas áreas no Brasil, mas elas ainda são minoria tanto no Brasil quanto no restante do mundo3 e, conforme se avança na hierarquia da carreira, esse número cai significativamente. Considerando esse cenário, o presente trabalho buscou entender quais fatores têm contribuído para a permanência dessa minoria de mulheres nas carreiras científicas, pensando também no afastamento delas da área, desde os passos iniciais da carreira profissional. Para tanto, realizaram-se nove coletas de narrativas de vida de cientistas pesquisadoras universitárias de vários ramos das Ciências da Natureza e da Matemática. A partir destes relatos autobiográficos, empregou-se uma ferramenta computacional (IRAMUTEQ) aos textos transcriados que gera estatísticas textuais das palavras mais citadas e as relaciona em pares. Para a atribuição de significado a estas palavras, dependente do contexto de cada narração, procedeu-se a uma análise de conteúdo (na perspectiva francesa) segundo contornos delimitados pela revisão de diversos trabalhos sobre a temática. Em todas as entrevistas analisadas, evidenciou-se que um dos pares de palavras relacionadas mais citado pelas narradoras é \"não\" e \"mulher\" que, em conjunto com outras interpretações de falas destas mulheres, sugere que o sentido da negação da própria \"feminilidade\" não se refira à mudança de suas identidades, mas a uma possível negação do \"lugar de mulher\" estabelecido na sociedade como mecanismo de permanência na carreira profissional, inclusive a científica. A perspectiva do presente trabalho é a de propor reflexões acerca do que se pode fazer para colaborar para uma educação mais igualitária, incluindo potenciais ações que incentivem meninas a se interessarem pelas Ciências e as mulheres a permanecerem profissionalmente nesse campo. Essas ações devem contribuir para a quebra de estereótipos e preconceitos, visando à construção de uma sociedade mais justa.
  • DOI: 10.11606/D.81.2018.tde-10072018-141247
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Ensino de Ciências (Física, Química e Biologia)
  • Data de criação/publicação: 2018-03-02
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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