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A filosofia intercultural de Raúl Fornet-Betancourt: práxis dialógica e reaprendizagem do pensar

Schnorr, Giselle Moura

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação 2015-06-26

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A filosofia intercultural de Raúl Fornet-Betancourt: práxis dialógica e reaprendizagem do pensar
  • Autor: Schnorr, Giselle Moura
  • Orientador: Severino, Antonio Joaquim
  • Assuntos: Rául Fornet-Betancourt; Educación; Filosofía Intercultural; Liberación; Práxis Dialógica; Rául Fornet-Betancourt; Libertação; Filosofia Intercultural; Educação
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este trabalho aborda a proposta de transformação intercultural da filosofia de Raúl Fornet-Betancourt. No desconforto diante de certo modo de se praticar filosofia profissionalmente e atento as urgentes reflexões éticas e políticas acerca do mundo contemporâneo a filosofia intercultural chama a atenção sobre a necessidade de outras relações com as diversas tradições culturais que não falam na filosofia. Tradições, memórias e resistências que compõem nosso continente e para as quais é necessário se voltar de modo solidário às múltiplas racionalidades, para além do logos europeu, fazendo-se diálogos, portanto, sem silenciar e sem silenciar-se. Na estruturação do trabalho procuramos exercer uma explicita relação entre teoria e vida, entre subjetividade e o pensar de modo que não só reafirme o diálogo, mas que desde a escrita se funde nele, chamando atenção para a relevância da subjetividade como categoria fundamental na transformação da filosofia proposta pelo autor. Tratamos de trajetórias existenciais revivendo nossos pertencimentos e experiências que são, também, constitutivas da aproximação com a temática abordada. Apresentamos o autor que acolhemos em reflexões não o tomando como objeto de estudo e sim como interlocutor. Recuperamos as filosofias latinoamericanas e da libertação na qual o filósofo Fornet-Betancourt é um de seus expoentes com contribuições, revisões críticas e autocríticas. Revisões em que chama a atenção para certas deficiências destas filosofias indicando caminhos para superá-las que envolvem pressupostos hermenêuticos, metodológicos e epistemológicos. É uma densa elaboração que não é esgotada neste trabalho e na qual nos inserimos com uma pequena contribuição destacando potencialidades e desafios. Chamamos a atenção para algumas ideias-forças desta proposta como: diálogo, interculturalidade, educação e o trabalho de maneira interdisciplinar. Na fecundidade da interculturalidade como práxis dialógica destacamos sua contribuição na descolonização da filosofia e da educação radicalizando-se suas proposições, aproximando-se, por exemplo, dos movimentos sociais populares, de expressões artísticas, políticas, de economia solidária, da educação e da cultura popular que se contrapõem a racionalidade colonial hegemônica. Encerramos reafirmando o compromisso com uma pedagogia do encontro na urgência de uma filosofia transformada e a altura dos desafios de nuestra época, que prescinde da educação das subjetividades ética, estética e politicamente inseridas em um processo de reaprendizagem do pensar, do ser e do estar, pois o presente histórico mergulha em profundas desigualdades sociais, de violência e de negação da diversidade humana. Transformar o mundo é nos transformar, tecendo redes de saberes e de práticas junto aos que resistem a toda forma de dominação e opressão, lembrando uma sabedoria popular tradicional do México: A gota dágua pode furar a pedra, não pela força, mas pela constância.
  • DOI: 10.11606/T.48.2016.tde-19102016-150932
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação
  • Data de criação/publicação: 2015-06-26
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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