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Caracterização epidemiológica da malária autóctone do Espírito Santo

Cerutti Junior, Crispim

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2007-04-10

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Caracterização epidemiológica da malária autóctone do Espírito Santo
  • Autor: Cerutti Junior, Crispim
  • Orientador: Boulos, Marcos; Malafronte, Rosely dos Santos
  • Assuntos: Brasil; Plasmodium Vivax; Plasmodium Falciparum; Métodos Epidemiológicos; Malária/Epidemiologia; Técnicas E Procedimentos De Laboratório; Malaria/Epidemiology; Laboratory Procedures And Techniques; Epidemiologic Methods; Brazil
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Os diversos aspectos da cadeia de transmissão da malária autóctone são importantes para o estabelecimento de estratégias de intervenção. Entre abril de 2001 e março de 2004, 65 pacientes e 1.777 habitantes foram avaliados em nove municípios da região montanhosa do Espírito Santo. Foram realizados: gota espessa, esfregaço fino, PCR Multiplex, reação de imunofluorescência indireta (IFI) para detecção de anticorpos contra antígenos de estágios eritrocitários de Plasmodium e ELISA para detecção de anticorpos contra peptídeos sintetizados a partir da porção repetitiva da proteína circunsporozoíta (CSP) das variantes de P. vivax e do P. malariae. Foram capturados anofelíneos no peridomicílio, com pesquisa, por PCR Multiplex, de DNA de Plasmodium. O mesmo foi pesquisado também em alguns símios locais. Os pacientes tinham 35,11 + 16 anos, em média. A maioria era do gênero masculino (51 ou 78,5%), 42 (64,6%) residiam em área rural, 23 (35,4%) eram agricultores e oito (12,3%) estudantes. Não houve viagens relevantes. Sessenta e dois (95,4%) nunca haviam tido malária. Vinte e quatro (36,9%) declararam ter entrado na mata. Predominaram a febre, a cefaléia e os calafrios. A febre era episódica em 63 (96,9%), a cada 48 horas em 48 (73,8%) e a cada 24 horas em 15 pacientes (23,1%). O baço foi impalpável em 26 (42,6%). Foi evidenciado o P. vivax em 47 de 48 pacientes e o P. malariae naquele restante, por características morfológicas e pela PCR Multiplex. Esta foi positiva para P. vivax em 45 dos 48, para P. malariae em um e negativa em dois. A IFI foi positiva, para P. malariae, em seis de sete testados, para IgM, e em todos os sete para IgG. Para o P. vivax, entre 50, 47 (94%) foram positivos para IgM e 48 (96%) para IgG. Entre 50 pacientes, pelo ELISA, 25 (50%) tinham anticorpos contra variantes do P. vivax ou contra o P. malariae. As freqüências individuais foram: 22 (44%) para a VK 210, 11 (22%) para a VK 247, 10 (20%) para o P. vivax-like e 10 (20%) para o P. malariae. Entre 253 amostras dos habitantes testadas na IFI para o P. malariae, o resultado foi positivo em 15,8% (40/253) para IgM e em 44,6% (113/253) para IgG. Para o P. vivax , em 1.701, foram 6,2% (105/1701) para IgM e 37,7% (641/1.701) para IgG. Foram detectados anticorpos contra a CSP em 615 de 1.702 amostras (36,1%). Foram 433 (25,4%) para a VK210, 258 (15,1%) para P. malariae, 108 (6,3%) para a VK 247 e 182 (10,7%) para P. vivax -like. A PCR Multiplex, em 1.527 amostras, detectou P. vivax em 23, P. malariae em 15, P. falciparum em nove e P. falciparum e P. malariae em um. Entre 785 espécimes de anofelíneos, com 10 espécies, foi encontrado DNA de P. vivax em um conjunto de exemplares de A. evansae. O P. malariae/brasilianum foi identificado pela PCR Multiplex em dois de cinco símios da região, em um também pelo esfregaço fino. Existem dois possíveis cenários para a transmissão. No primeiro, ela seria inter-humana, com vetores Nyssorhynchus secundários. Em um segundo, viria do reservatório símio, por indivíduos adentrando o ambiente florestal.
  • DOI: 10.11606/T.5.2007.tde-21062007-151653
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2007-04-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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