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Pequenos mamíferos terrestres do bioma cerrado padrões faunísticos locais e regionais

Ana Paula Carmignotto Mario de Vivo

2005

Localização: IB - Instituto de Biociências    (D-1093 v.2 )(Acessar)

  • Título:
    Pequenos mamíferos terrestres do bioma cerrado padrões faunísticos locais e regionais
  • Autor: Ana Paula Carmignotto
  • Mario de Vivo
  • Assuntos: MAMÍFEROS; CERRADO; FAUNA; RODENTIA (DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA)
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este trabalho teve como objetivo caracterizar a fauna de pequenos mamíferos não voadores do cerrado e reponder questões ainda obscuras sobre esta fauna: se existem áreas de endemismo; se as espécies distribuem-se de maneira homogênea; se áreas mais próximas aos domínios adjacentes apresentam um maior número de espécies e, conseqüentemente, maior sobreposição com a fauna destas regiões. Localidades em áreas núcleo e de transição foram amostradas através de metodologia e esforço padrão visando à comparação dos dados entre localidades. A análise da fauna amostrada permitiu verificar parões de riqueza e abundância ao longo dessas comunidades, além da relação das espécies com o mosaico de hábitats presente. A amplitude da distribuição geográfica, o grau de endemismo e a relação das espécies amostradas com domínios vizinhos também foram investigadas utilizando-se dados mais gerais obtidos através da análise de espécimes depositados em coleções científicas. As comunidades amostradas apresentaram elevada riqueza. Em geral, o número de indivíduos capturado por espécie foi pequeno, e as comunidades foram caracterizadas por poucas espécies muito abundantes e muitas espécies de abundância intermediária e raras. Entretanto, a composição destas classes de abundância variou entre localidades, sendo poucas espécies classificadas como abundantes em mais de uma área. As espécies apresentaram grande seletividade de hábitats frente ao mosaico de fisionomias presente,
    dividindo-se em dois grupos distintos: os habitantes de fisionomias florestais e os de áreas abertas. A estrutura da paisagem apresenta-se como um dos fatores mais importantes na determinação da riqueza e abundância das espécies em diferentes localidades. O segundo fator mais importante na estruturação destas comunidades foi a localização geográfica. As comunidades apresentaram grande substituição de espécies entre localidades, sendo as matas de galeria a fisionomia que apresentou maior diversidade beta. Registrei a presença de 96 espécies no Cerrado. O endemico é elemento presente nesta fauna e encontra-se relacionado às fisionomias abertas. A maior parte da riqueza é compartilhada com domínios adjacentes, em especial com a Amazônia. Mas, dentro dos limites do cerrado, as espécies apresentaram distribuição restrita à determinadas regiões, possibilitando a delimitação de cinco regiões geográficas distintas: região central; região sul-sudeste; região nordeste; região norte. Apesar destas regiões representarem composição faunísticas distintas não foi possível delimitar locais específicos de "quebras" de fauna. A regionalização encontrada relaciona-se, basicamente, à distância aos biomas vizinhos, sendo a porção central a região com maior concentração de espécies endêmicas. Zoogeograficamente, o cerrado pode ser dividido em dois componentes faunísticos distintos: o componente de áreas abertas e o componente
    florestal. Nas áreas abertas, a diversidade é maior e o grau de sobreposição com a fauna dos domínios adjacentes é pequeno. Há um grande número de espécies endêmicas e de espécies praticamente restritas às áreas abertas do cerrado. As espécies compartilhadas distribuem-se, principalmente, pela Caatinga e Chaco. Já as espécies endêmicas ocupam porções distintas no interior do domínio. O componente florestal é composto, basicamente por espécies compartilhadas com os domínios florestais adjacentes. As matas de galeria são o hábitat que propicia a entrada destas espécies no cerrado, funcionando como extensão desses domínios. Entretanto, apenas um pequeno número de espécies utiliza as matas de galeria em grandes extensões, apontando a menor importância destas formações como rotas de conexão entre domínios florestais. A pequena sobreposição da fauna do componente de áreas abertas com a fauna de outras formações abertas temperadas da América do Sul, caracteriza a fauna do cerrado como o componente tropical das faunas de áreas abertas da América do Sul, o qual pode ser considerado como tendo sofrido uma evolução independente daquela do componente temperado. Este padrão de diferenciação porvavelmente está relacionado ao soerguimento dos Andes, que teve sua fase mais expressiva durante o Miocentro, época também citada para a irradiação de vários gêneros relacionados à fisionomias abertas. Levando-se em consideração a
    crescente ocupação do cerrado pelo homem, dados a respeito da riqueza, abundância e distribuição geográfica das espécies são extremamente importantes na escolha de áreas prioritárias para conservação, e constituem uma maneira eficiente de garantir a preservação da maior parte da diversidade presente no domínio
  • Data de criação/publicação: 2005
  • Formato: viii, 2 v il.
  • Idioma: Português

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