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O acontecimento Eloísa Cartonera: memória e identificações

Vilhena, Flavia Braga Krauss De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2016-10-21

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    O acontecimento Eloísa Cartonera: memória e identificações
  • Autor: Vilhena, Flavia Braga Krauss De
  • Orientador: Celada, Maria Teresa
  • Assuntos: Acontecimento; Memória; Cartoneras; Discurso; Identificação; Identification; Event; Discourse; Memory
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Neste trabalho, a partir da Análise do Discurso de linha materialista, interpretamos a constituição e o funcionamento de Eloísa Cartonera como um acontecimento que ressoa na dimensão da memória discursiva, desatando uma ampla rede de filiações por identificação (cf. PÊCHEUX, 1990a). Nessa direção, começamos por analisar não só as condições de produção da aparição de Eloísa, na Buenos Aires de 2003, mas também os modos pelos quais o trabalho do cartonero um sujeito social que surge com força nesse contexto histórico, marcado pela crise de 2001 se inscreve no centro de produção desse coletivo, algo que ressoará posteriormente no funcionamento de outras cartoneras. Imediatamente, passamos a abordar aspectos do funcionamento de três cartoneras pioneiras a própria Eloísa, Dulcineia Catadora em São Paulo e Yerba Mala em Cochabamba interpretando que o fazer da primeira teria significado uma desestruturação-reestruturação de certas redes e trajetos (cf. PÊCHEUX, ibidem) no que se refere a práticas de publicação editorial. Para trabalhar especificamente os modos pelos quais as cartoneras se representam e projetam no dizer de si seu trabalho nos debruçamos sobre os manifestos, escritos a convite pelas oito primeiras; às já mencionadas, somam-se outras cinco, a saber: Sarita, Animita, Mandrágora, La Cartonera e Yiyi Jambo. Esses textos foram publicados em Akademia Cartonera: Un ABC de las editoriales cartoneras latinoamericanas (BILBIJA & CARBAJAL, 2009). Na análise, primeiramente nos centramos no dispositivo paratextual que acompanha tais manifestos, abordando o que chamamos de gesto de interpretação no interior de um processo de identificação das editoras desta obra: nesse sentido, compreendemos o significante manifiesto como um índice da antecipação imaginária do lugar que as editoras projetam para os coletivos que são convidados a se manifestarem. Na sequência, nos detemos na análise do escrito pelas próprias cartoneras ao responderem a essa interpelação e analisamos algumas regularidades a partir de dois eixos: a interpretação das condições de produção por parte do sujeito do discurso e o modo como, nessas textualidades, se projeta ou antecipa a relação com a própria prática. Como uma das conclusões, depreendemos que Eloísa retomaria a posição simbólica do cartonero e a resignificaria, sendo que isto parece operar como uma regularidade no funcionamento dos coletivos que estudamos. Cabe ainda observar que o trabalho das cartoneras, desse conjunto sempre em aberto, ganha reconhecimento em outros âmbitos e circuitos, graças ao gesto de interpretação formulado a partir da academia.
  • DOI: 10.11606/T.8.2016.tde-20122016-140926
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2016-10-21
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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