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Fatores de risco para recorrência e mortalidade em pacientes com câncer de colo uterino tratadas com histerectomia radical: uma revisão sistemática

Oliveira, Taís Helena Garcia Fernandes De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2021-08-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Fatores de risco para recorrência e mortalidade em pacientes com câncer de colo uterino tratadas com histerectomia radical: uma revisão sistemática
  • Autor: Oliveira, Taís Helena Garcia Fernandes De
  • Orientador: Reis, Francisco José Cândido dos
  • Assuntos: Câncer Cervical; Sobrevida Global; Recorrência; Sobrevida Livre De Doença; Mortalidade; Histerectomia Radical; Cirurgia Radical; Mortality; Disease-Free Survival; Radical Hysterectomy; Radical Surgery; Recurrence; Cervical Cancer; Overall Survival
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução: O câncer de colo uterino é a neoplasia ginecológica mais frequente no Brasil. Nos países desenvolvidos o impacto desta neoplasia foi significativamente reduzido em função dos programas de rastreamento e tratamento das lesões pré-invasoras. A estratégia de tratamento das lesões invasivas depende do estadiamento clínico, podendo variar entre abordagem cirúrgica para casos iniciais ou quimiorradioterápica para casos avançados. O tratamento padrão para o tumor de colo uterino em estádios iniciais é cirúrgico, sendo a principal cirurgia indicada a histerectomia radical, também denominada histerectomia tipo III segundo classificação de Piver-Rutledge, com linfadenectomia pélvica. Por se tratar de uma técnica complexa, a associação de complicações cirúrgicas não é infrequente, bem como risco de recorrência de doença, seja ela local, regional ou à distância após o tratamento. Objetivo: O objetivo deste estudo é revisar a literatura de forma sistemática para avaliar fatores envolvidos na causalidade da recorrência, seja ela local ou a distância, do câncer de colo uterino tratado primariamente com histerectomia radical.. Métodos: A revisão sistemática, registrada na plataforma PROSPERO, foi realizada de acordo com as diretrizes do PRISMA. A pesquisa sistemática identificou estudos nas bases eletrônicas de dados Medline/PubMed, EMBASE, Web of Science e Scopus até o ano de 2021. A estratégia de pesquisa incluiu vocabulário controlado (MeSH) e palavras chaves. Os artigos selecionados foram submetidos à análise do risco de viés através da ferramenta RoB 2- 0. Resultados: Foram incluídos 12 artigos totalizando 2652 pacientes, das quais 2296 foram submetidas à histerectomia radical. Ao julgamento de risco de viés, um estudo apresentou baixo risco, 11 estudos apresentaram preocupações e um estudo alto risco de viés. Houve identificação de 16 fatores de risco para SLD e 17 para SG. Os fatores idade, estadiamento FIGO, grau tumoral, histologia, invasão linfovascular, infiltração estromal, uso de técnica com preservação nervosa não apresentaram efeito na SLD e SG. Os fatores margem positiva e infiltração parametrial não apresentaram impacto na SLD, porém tiveram resultados conflitantes para SG. A forma do tumor não apresentou impacto na SG. A presença de linfonodos positivos cursou com impacto na SLD com HR=2,70 (IC 95%: 1,62 - 4,51) e na SG com HR=2,77 (IC 95%: 1,67 - 4,60). O tamanho tumoral representou impacto na SLD com HR = 2,41 (IC 95%: 0,8 - 6,67) obtido de um estudo e na SG com HR =1,58 (IC 95%: 1,07 - 2,33) quando ≥4cm. A análise das combinações de fatores pelo estudo de Rotman et al. mostrou significativas quando associados ICL negativa, infiltração de terço profundo do estroma e tamanho ≥4cm com HR=3,07 (IC95%: 1,05 - 8,96) para recorrência, e ICL positiva com invasão de 1/3 profundo do estroma apresentou HR=3,74 (IC 95%: 1,39 - 10,04) para recorrência e 2,99 (IC 95%: 1,26 - 7,11) para óbito. A técnica minimamente invasiva, segundo o estudo de Ramirez et al apresentou efeito deletério para SLD (HR=3,74; IC 95% 1,63 - 8,58) e SG (HR = 6,00; IC 95% 1,77 - 20,30). O uso de quimioterapia neoadjuvante apresentou resultados conflitantes. Conclusões: Todos os estudos clínicos randomizados incluídos aplicaram algum tratamento adjuvante (radioterapia isolada ou quimiorradioterapia) em pelo menos parte das mulheres incluídas. Houve detecção de prejuízo prognóstico em pacientes com linfonodos positivos e tamanho tumoral superior a 4cm. Até o presente momento, há contraindicação do uso de cirurgia minimamente invasiva e não há evidência que suporte o uso de quimioterapia neoadjuvante para câncer de colo inicial.
  • DOI: 10.11606/D.17.2021.tde-05112021-110038
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2021-08-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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