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Análise dos critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia em gestantes atendidas em um centro de referência em pré-natal de alto risco

Ferreira, Ana Clara Alves

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2022-03-07

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Análise dos critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia em gestantes atendidas em um centro de referência em pré-natal de alto risco
  • Autor: Ferreira, Ana Clara Alves
  • Orientador: Cavalli, Ricardo de Carvalho
  • Assuntos: Gravidez; Hipertensão; Pré-Eclâmpsia; Proteinúria; Hypertension; Preeclampsia; Pregnancy; Proteinuria
  • Notas: Mestrado Profissionalizante
  • Descrição: Introdução: As doenças hipertensivas complicam 5 a 10% das gestações ao redor do mundo, sendo uma das principais causas de mortalidade materna e perinatal. A pré-eclâmpsia (PE) está relacionada a piores resultados maternos e neonatais a curto e longo prazo, sendo condição multissistêmica com acometimento de rins, fígado, sistema hematológico, cérebro e função placentária. Foi tradicionalmente definida como hipertensão que se desenvolve a partir de 20 semanas de idade gestacional associada a proteinúria, no entanto a observação de complicações graves em mulheres que não desenvolvem proteinúria passou a desconsiderar esse achado como condição sine qua non para o diagnóstico dessa patologia. No presente trabalho, foram avaliadas as mudanças no perfil clinico-laboratorial com a inclusão deste novo grupo diagnóstico. Objetivo: Analisar as implicações dos novos critérios diagnósticos estabelecidos pelo American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) em 2013 na detecção e no perfil clinico e laboratorial de gestantes acometidas por pré-eclâmpsia cuja gestação foi resolvida no Centro Obstétrico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP). Materiais e métodos: Estudo quantitativo descritivo retrospectivo a partir da análise de prontuários médicos do HCFMRP no período de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019, com tabulação de dados obtidos relacionados à idade materna, idade gestacional ao diagnóstico, comorbidades, critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia, e valores laboratoriais nos principais testes diagnósticos, com posterior comparação entre os grupos de pré-eclâmpsia associada a proteinúria e não associada a proteinúria. Resultados: Foram analisadas 869 mulheres que receberam o diagnóstico de pré-eclâmpsia no período de 2015 a 2019. Com a aplicação dos critérios diagnósticos estabelecidos pelo ACOG (2013), houve incremento de 23,6% no total de pacientes diagnosticadas. O grupo PE não proteinúrica tende a apresentar idade gestacional mais tardia ao diagnóstico (36 versus 34 semanas, p=0.008), e maiores níveis de pressão arterial sistólica (162,2 versus 156,6 mmHg, p<0.001) e diastólica (101.5 versus 98.8 mmHg, p<0.001), não havendo diferença entre a idade materna. Dentre as lesões de órgão alvo em toda a amostra, prevaleceu o diagnóstico pela presença de sintomas de iminência de eclâmpsia (78,8% [IC 95% 74,9 - 82,35%]), sendo também a mais prevalente no grupo PE não proteinúrica, presente em 82% das pacientes. E entre os demais acometimentos, a prevalência de elevação de transaminases é maior que a de plaquetopenia e edema agudo pulmonar, porém não tem diferença estatística quando comparada com elevação de creatinina. No entanto, apesar da presença de disfunção orgânica no grupo PE não proteinúrica, essa amostra apresentou menores valores laboratoriais de transaminases, creatinina, ureia e ácido úrico. Conclusão: A ampliação dos critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia trouxe maior sensibilidade e aumentou de maneira importante o número de mulheres diagnosticadas com PE, o que permitiu melhora da assistência pré natal, através do encaminhamento e seguimento dessas pacientes em um hospital terciário. Esse novo grupo diagnóstico, classificado por PE não proteinúrica apresente um diferente fenótipo, relacionado principalmente à alta prevalência de sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia como critério diagnóstico. Além disso, este grupo apresenta doença mais tardia e com piores níveis pressóricos quando comparado com PE proteinúrica.
  • DOI: 10.11606/D.17.2022.tde-06052022-161310
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2022-03-07
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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