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Heranças invisíveis do abandono afetivo: um estudo psicanalítico sobre as dimensões da experiência traumática

Schor, Daniel

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2016-04-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Heranças invisíveis do abandono afetivo: um estudo psicanalítico sobre as dimensões da experiência traumática
  • Autor: Schor, Daniel
  • Orientador: Figueiredo, Luis Claudio Mendonca
  • Assuntos: Abandono Afetivo; Simbolização; Trauma Psíquico; Psicanálise; Clínica; Psychic Trauma; Psychoanalytic Clinic; Affective Abandonment; Symbolization; Psychoanalysis
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O presente trabalho se propõe a discutir os destinos psíquicos da experiência traumática, tanto em seus aspectos defensivos, restritivos das capacidades de realização do si-mesmo, quanto no que diz respeito a seus potenciais de simbolização e transformação. Referimo-nos aqui, porém, a uma modalidade particular de traumatismo: aquela que se define por um distanciamento afetivo dos pais em relação à criança, distanciamento esse responsável pelo confronto do sujeito a uma condição de desamparo e impotência insuportáveis. O fracasso dos esforços que, no passado, o indivíduo realizou na tentativa de socorrer os pais em seu sofrimento e de recuperar seu amor deixou como herança um terrível abismo interno e, para sobreviver a essa condição, o psiquismo irá estruturar defesas sofisticadas contra a perda do sentido de si e o colapso da estrutura psíquica de que se vê permanentemente ameaçado, as quais se definem, de nosso ponto de vista, a partir de três vértices principais. Num primeiro plano de análise, pudemos reconhecer que a situação traumática para a qual não se vislumbra nenhuma possibilidade de saída torna-se para o sujeito signo de uma realidade não dimensionável, sem começo, meio e fim, ou seja, uma condição existencial definitiva e inquestionável. Num segundo, fomos levados a tratar os efeitos do abandono afetivo, também, nos termos de um fenômeno de auto-alienação, já que, em meio a uma situação de sofrimento intolerável, uma das primeiras tendências evidenciadas pelo psiquismo é a de mergulhar em um processo de transe, semelhante a uma anestesia, cujo resultado é um estado de desorientação psíquica capaz de suspender a percepção do mal e, junto com ela, a de uma boa parcela da realidade. Consideramos ainda, num terceiro plano, o fato de que, nessa condição, o indivíduo tende a localizar em si mesmo a origem da violência que se abate sobre ele, purificando os pais e a família de todo o seu potencial enlouquecedor e o atribuindo exclusivamente a si. Tais perspectivas se apresentaram para nós como dimensões concomitantes e indissolúveis das configurações subjetivas em que podem ser reconhecidas. A partir de cada uma delas, vemo-nos diante de diferentes aspectos de organizações defensivas criadas contra a angústia de fragmentação e despersonalização gerada pela profunda insegurança a respeito da confiabilidade do objeto. Na última parte da pesquisa, buscamos apresentar possibilidades para o trabalho com pacientes traumatizados, a partir do que nos parecem ser as condições imprescindíveis à simbolização de angústias profundas produzidas pela situação traumática
  • DOI: 10.11606/T.47.2016.tde-27092016-120528
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2016-04-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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