skip to main content

(Sobre) vivência: o se-movimentar durante a pandemia

Mota, Kaio César Celli

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Educação Física e Esporte 2023-12-18

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    (Sobre) vivência: o se-movimentar durante a pandemia
  • Autor: Mota, Kaio César Celli
  • Orientador: Carbinatto, Michele Viviene
  • Assuntos: Dançarinos; Fenomenologia; Pandemia; Práticas Corporais; Bodily Practices; Dancers; Pandemic; Phenomenology
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Pautados na fenomenologia de Merleau-Ponty (1908-1961), esta dissertação descreve a experiência vivida por dançarinos nas aulas e eventos realizados remotamente durante a pandemia de covid-19, buscando revelar as suas percepções de mundo vivido e do próprio corpo (MERLEAU-PONTY, 2011). Para tanto, por meio da Análise Documental, Entrevista Fenomenológica e do Método Visual, acionamos a percepção de nove colaboradores, integrantes do Laboratório de Estudos do Corpo (LEC), grupo formado por alunos bolsistas de uma escola de dança da zona sul de São Paulo. Para validade e confiabilidade dos dados, o produto da análise foi compartilhado e discutido com outra pesquisadora (peer checking) e também foi feito a checagem pelos membros (member checking), etapa realizada por meio da construção de uma narrativa (produto das entrevistas) enviada aos próprios colaboradores. A análise fenomenológica resultou na elucidação de três unidades de significados, sendo elas: A. Eu-outro-lar: intermundos conexos durante a pandemia. Nela, revelou-se que as novas experiências proporcionadas durante o período pandêmico levaram os sujeitos a refletirem sobre si mesmos, no caminho do autoconhecimento, de uma escuta interna e respeito às suas próprias limitações; proporcionaram reflexões sobre as relações com o outro, já que enquanto seres sociais e que vivem num coletivo, fomos afastados fisicamente uns dos outros durante a pandemia, gerando um sentimento de falta, o qual foi contornado por meio do aumento das interações remotas; permitiram uma reflexão acerca da relação com os espaços físicos disponíveis para as práticas corporais, considerando sua limitação, além das possibilidades de ressignificação e incorporação de novos objetos à cena. Na unidade de significado B. Ser- dançarino: imagéticas que desnudam, por meio do método visual e pela elucidação de fotos e vídeos, nossos colaboradores se viram diante da sua própria imagem em tempos anteriores à pandemia, o que permitiu uma retomada na memória das experiências vividas com a dança antes do afastamento social. Com o uso de vídeo, foi feita ainda uma produção artística de uma performance que refletisse sobre como era dançar dentro de casa, revelando sentimentos vividos que tratavam das saudades, da limitação, de estar preso, da repetição de rotina. Na última unidade de significado, C. Se-mostrar: sobre eventos e a relação com o espectador, vimos o surgimento de novos modelos de apresentação no formato remoto, que anunciaram as relações e a conexão estabelecidas entre dançarino e plateia, as quais foram reconfiguradas diante deste novo cenário. A partir da percepção de experiência do mundo vivido, esta pesquisa intentou se aproximar do ser-dançarino no modelo remoto, durante um momento tão complexo vivido pela humanidade, com fins de registro histórico sobre a organização e o funcionamento das práticas corporais no decorrer da pandemia
  • DOI: 10.11606/D.39.2023.tde-20022024-143840
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Educação Física e Esporte
  • Data de criação/publicação: 2023-12-18
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.