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Médicos e pacientes tem sexo e cor? a perspectiva de médicos e residentes sobre a relação médico-paciente na prática ambulatorial (Versão Corrigida)

Mafoane Odara Poli Santos Vera Silvia Facciolla Paiva

2012

Localização: IP - Instituto de Psicologia    (T HT1521 S237m e.1 )(Acessar)

  • Título:
    Médicos e pacientes tem sexo e cor? a perspectiva de médicos e residentes sobre a relação médico-paciente na prática ambulatorial (Versão Corrigida)
  • Autor: Mafoane Odara Poli Santos
  • Vera Silvia Facciolla Paiva
  • Assuntos: RACISMO; RELAÇÕES MÉDICO-PACIENTE; GÊNEROS (GRUPOS SOCIAIS); DIREITOS HUMANOS; GRUPOS ÉTNICOS; MÉDICOS (FORMAÇÃO PROFISSIONAL); Branquitude; Determinantes Sociais Em Saúde; Gender; Gênero; Social Determinants In Health; Whiteness
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Embora sejam grandes os progressos com a promulgação da Constituição de 1988, que garante constitucionalmente a saúde como direito de todos e dever do Estado, esse direito não tem sido assegurado no mesmo nível e com a mesma qualidade de atenção, em especial, para a população negra. Depois de uma revisão sobre a história a influência das teorias racialistas e de gênero como categoria de análise na medicina, discute-se uma síntese da história recente das práticas médicas no Brasil e a reflexão critica sobre essas práticas centradas no tecnicismo. O objetivo deste estudo, parte da linha de pesquisa Pesquisa Psicossocial da Desigualdade: Relações Étnico-raciais, foi descrever que sentidos e significados médicos e médicas conferem aos temas médico-sociais na sua trajetória e formação, especialmente como concebem os determinantes sociais de gênero e raça Foram entrevistados 25 médicos (13 médicos e 12 médicas) que orientam e são preceptores de alunos da residência médica em um hospital universitário. O roteiro abordava o perfil sócio-demográfico e sua trajetória profissional; o seu nível de conhecimento e contato com os determinantes sociais (pobreza, gênero, cor/raça, nacionalidade, religião dos diferentes grupos populacionais) durante a formação acadêmica; que fatores consideravam relevantes para uma boa relação médico-paciente; seu conhecimento sobre Direitos Humanos e os princípios do Sistema Único de Saúde; as experiências na relação médico-paciente e de cuidado. Depois de
    um aquecimento propiciado pela situação da entrevista, entre os resultados, o estudo permitiu observar como os médicos entrevistados reconhecem alguns marcadores sociais da diferença que se transformam em desigualdade, os lugares sociais diferentes para homens e mulheres, brancos, amarelos e negros, lugares de maior ou menor privilégio e de obstáculo para o sucesso técnico. As diferenças e desigualdade de gênero foram mais fáceis de serem explicitadas e os entrevistados articulavam um repertório levemente maior para o tema. Todos os entrevistados, em algum momento, usaram o discurso sobre o instintivo e natural, e a maior parte deles compreende o masculino e o feminino de um modo muito conservador, com problemas para encontrar definições para perguntas supostamente simples. No caso da desigualdade racial, observamos que houve uma polarização: de um lado a negação das desigualdades entre brancos e não brancos, do outro temos a valorização da identidade branca, compondo bem com o racismo à brasileira. O contexto social foi associado à pobreza mais que qualquer outro indicador da desigualdade social. Cenas de racismo e sexismo institucional foram frequentes. Os poucos entrevistados que tinham uma noção mais sofisticada sobre gênero e raça eram aqueles que contaram com a oportunidade de desenvolver uma atividade de extensão, a iniciação científica ou que tiveram uma formação mais generalista, mais social. A trajetória trilhada na faculdade contribui, portanto, para a formação
  • Data de criação/publicação: 2012
  • Formato: 174 p.
  • Idioma: Português

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