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A constituição de leitores e autores pelas teias discursivas: os efeitos de diálogos com a literatura no Ensino Fundamental

Silva, Mariana Morales Da

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto 2015-07-03

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A constituição de leitores e autores pelas teias discursivas: os efeitos de diálogos com a literatura no Ensino Fundamental
  • Autor: Silva, Mariana Morales Da
  • Orientador: Pacifico, Soraya Maria Romano
  • Assuntos: Literatura Clássica; Autoria; Interpretação; Discurso; Ensino Fundamental I; Interpretation; Elementary Schooli; Discourse; Classic Literature; Authorship
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta dissertação entrelaça sentidos sobre Educação, Literatura e Discurso, ao colocar a leitura e a escrita em foco. O trabalho questiona a ilusão de leitura única e padronizada imposta no espaço escolar, compreendido por atravessamentos ideológicos que edificam mecanismos de naturalização dos efeitos de sentidos para a posição sujeito-aluno. Nesse sentido, debate o papel da Escola em relação ao grau de letramento, à distribuição de sentidos, ao acesso à Literatura e à garantia do direito de o sujeito-aluno poder sustentar-se em outras posições discursivas, como a da função-leitor e a da função-autor, posições as quais ele é desautorizado e interditado de ocupar. Defendendo a ideia de possibilidade de leituras que façam circular sentidos plurais, esta pesquisa mobiliza, pela filiação à Análise do Discurso pecheuxtiana, os conceitos de interdiscurso, arquivo e memória discursiva para a construção do conceito de teias discursivas, um funcionamento de leitura na função-leitor, que se dá por diálogos, previstos ou não, com obras da literatura clássica universal. Defende-se que a possibilidade de instauração de movimentos interpretativos aos sujeitos-alunos pode afetar o movimento autoral em escritos escolares. Como os movimentos interpretativos não são permitidos na Escola, objetivou-se (re)construir um trabalho dialógico com os clássicos, visando a proporcionar aos sujeitos-alunos gestos de interpretação, a construção de um arquivo e a assunção da autoria. A pesquisa ocorreu em uma escola da rede estadual de ensino, do interior de São Paulo, com duas turmas de 3º ano do EF I. Pelas análises dos movimentos interpretativos e das produções textuais sobre o clássico Romeu e Julieta, compreendeu-se como os efeitos da fôrma-leitor podem exercer um retorno ao lugar sedimentado e que o movimento interpretativo pode ser, ao mesmo tempo, coletivo, historicizado e singular, sustentando a defesa de que, pela tessitura do movimento interpretativo pelo funcionamento de leitura nas teias discursivas, por meio da função-leitor, o sujeito pode encontrar-se com a possibilidade de ocupar as posições discursivas de sujeito-leitor e de sujeito-autor.
  • DOI: 10.11606/D.59.2015.tde-03092015-114609
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2015-07-03
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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