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Dor como queixa inicial do câncer de boca e orofaringe: caracterização de amostra

Vilarim, Rita De Cássia Bonatto

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2019-07-10

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Dor como queixa inicial do câncer de boca e orofaringe: caracterização de amostra
  • Autor: Vilarim, Rita De Cássia Bonatto
  • Orientador: Siqueira, José Tadeu Tesseroli de
  • Assuntos: Avaliação De Estado De Karnofsky; Qualidade De Vida; Neoplasias Orofaríngeas; Neoplasias Bucais; Dor Orofacial; Dor Incidental; Disfunção Temporomandibular; Diagnóstico; Câncer De Boca; Quality Of Life; Breakthrough Pain; Oropharinx Cancer; Orofacial Pain; Oral Cavity Cancer; Oral Cancer; Diagnosis; Karnofsky Performance Status; Temporomandibular Disorders
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A dor como sintoma inicial do câncer de boca pode ser o primeiro e único indicador da neoplasia. Até o presente momento suas características, à fase do diagnóstico, ainda não são bem definidas, e nem sempre a dor é considerada como critério importante de diagnóstico para o câncer. OBJETIVO. Avaliar a prevalência e as características gerais de dor orofacial, bem como de outros sinais e sintomas, que levaram os pacientes a procurar atendimento à saúde e ao diagnóstico de câncer de cavidade oral ou orofaringe, comparativamente a um grupo controle composto por pacientes sem câncer. MATERIAL E MÉTODO. Dois grupos: a) Grupo Pacientes (GP), formado por 74 pacientes consecutivos do Ambulatório de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que foi dividido em dois subgrupos: cavidade oral (Ca boca - CaB) e orofaringe (Ca orofaringe - CaO) e b) Grupo Controles (CG), formado por 74 pacientes encaminhados para tratamento odontológico convencional no ambulatório da Divisão de Odontologia do HCFMUSP. Foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: Ficha clínica da Equipe de Dor Orofacial da Divisão de Odontologia do HCFMUSP (EDOF-HC); Escala Visual Analógica (EVA), Escala Numérica de Dor (END), Escala Verbal de Dor (EVD), Questionário de dor McGill; Ficha de Dor Neuropática do Centro de Dor do HCFMUSP; Índice de disfunção de Helkimo; Índice CPOD; Questionário de Qualidade de Vida (UW-QOL) e o Índice de Desempenho de Karnofsky (IDK). RESULTADOS. Os dois grupos foram pareados em relação ao gênero (4:1 homens); idade (58,46 anos no GP e 58,61 GC), raça (2:1 leucoderma) e ocupação. As diferenças estatísticas predominantes no GP foram as seguintes: tabagista/ex-tabagista e etilista/ex-etilista (p < 0,001); motivos de procura por assistência: dor (p < 0,001), úlcera e aumento de volume (p < 0,001); queixa principal: dor (p < 0,001), aumento de volume (p < 0,001) e úlcera (p=0,016); localização da queixa principal: língua e garganta (p < 0,001), ouvido (p=0,033) e palato (p=0,028); prevalência de dor no momento do estudo (p<0,001); problema mais importante nos últimos sete dias (p < 0,001); motivo de procura por assistência médica (p < 0,001); dor constante muitas vezes explosiva em algum momento (p < 0,001); dor espontânea ou provocada (p < 0,001); fatores desencadeantes da dor: mastigação ou deglutição (p=0,001); dor acorda o paciente (p<0,001); dor moderada a forte (EVA=6; p<0,001), (END=7,5; p < 0,001); duração variável (p<0,001); indiferente quanto ao período do dia (p=0,001); múltiplos descritores, destacando-se: pontada, queimação, latejante (p < 0,001) e tipo \"dor de dente\" (p=0,006) e otalgia reflexa uni ou bilateral (p < 0,001). Os seguintes índices também foram piores no GP: índice de disfunção clínica de Helkimo (p < 0,001); índice CPOD (p=0,004); biofilme dental (p=0,002); questionário de dor McGill (p < 0,001); ficha de dor neuropática (p < 0,001); índice de qualidade de vida (p < 0,001) e IDK (p < 0,001). No GP, 25% estavam nos estádios 0, I ou II, e 75% nos III ou IV; o número de profissionais procurados variou de 1 a 9; cirurgião dentista e cirurgião de cabeça e pescoço fizeram os diagnósticos em ambos os subgrupos e o otorrinolaringologista no CaO; pacientes com CaO procuraram mais por médicos. Houve diferença estatística entre os subgrupos CaB e CaO nos seguintes tópicos; dor tipo \"dor de dente\" (p=0,044) e queimação (p=0,016) no CaB; peso (p=0,018), deglutição como desencadeante de dor (p=0,009), garganta como local de queixa principal (p < 0,001) e otalgia bilateral (p=0,004) no CaO. CONCLUSÃO. Os dados deste estudo mostram que a dor foi sintoma presente em toda a fase de diagnóstico dos cânceres de cavidade oral e orofaringe, inclusive nos estágios iniciais. Destacaram-se as seguintes características: gênero masculino, acima de 50 anos de idade, dor difusa (localização variada), intensidade moderada a forte, indiferente ao período do dia, podendo acordar o paciente, predominantemente em pontada, queimação, latejante ou tipo \"dor de dente\", desencadeada por mastigação ou deglutição, otalgia reflexa uni ou bilateral, limitação ou incapacitação da função mandibular, pacientes com a condição clínica claramente comprometida tanto em qualidade de vida como em funcionalidade. Esses dados podem auxiliar no diagnóstico diferencial dos cânceres de boca e orofaringe, principalmente quando há dor persistente e refratária aos tratamentos
  • DOI: 10.11606/D.5.2019.tde-03102019-143902
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2019-07-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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