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A arquitetura de uma crise: história e política econômica na Argentina, 1989-2002

Souza, Luiz Eduardo Simões De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2008-04-17

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A arquitetura de uma crise: história e política econômica na Argentina, 1989-2002
  • Autor: Souza, Luiz Eduardo Simões De
  • Orientador: Barbosa, Wilson do Nascimento
  • Assuntos: América Latina; Argentina; Crise; História Econômica; Economia; História; History; Economics; Economic History; Crisis; Latin America
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Esta tese estuda os fundamentos da crise econômica argentina, irrompida em 2001. A Argentina, no contexto latino-americano, de acordo com a literatura históricoeconômica, apresenta uma \"regressão econômica secular\"; processo esse que se intensificou desde parte da década de 1970, quando o país viveu sob uma Ditadura militar. Em meados da década seguinte, sob uma crise econômica aguda, com hiperinflação, e frente a uma das maiores dívidas externas do mundo, os governos argentinos democráticos tentariam algumas iniciativas de estabilização dos preços, as quais resultariam no Plano de Convertibilidade, em 1991. Nessa ocasião, o país adotou a paridade cambial de sua moeda, em identidade com o dólar estadunidense. A Argentina apresentaria fortes taxas de crescimento do PIB nos primeiros anos do Plano, enquanto privatizava suas empresas públicas, desregulava seu mercado de trabalho e abria sua economia incondicionalmente ao capital externo. O FMI e o Banco Mundial incentivaram abertamente o Plano de Convertibilidade e as medidas de política econômica da Argentina, apresentando-a como exemplo aos demais países por uma década. Em 2001, como resultado das políticas adotadas, a Argentina sofreu uma crise econômica ainda mais intensa do que as anteriores, com uma retração acumulada de mais de 16% do PIB em um intervalo de um ano, com corrida bancária e crise social. De exemplo de política econômica do FMI, a Argentina passou à moratória de sua dívida externa, que cresceu exponencialmente durante o período. A crise argentina seria o produto da conjunção de três processos histórico-econômicos, dados entre o Pós-guerra e o final do século XX, a saber: (I) a falência do modelo de desenvolvimento autônomo a partir da substituição de importações, pelo impacto de políticas econômicas contrárias aos interesses nacionais argentinos, desde a imposição da Ditadura Militar de 1976 - 1983; (II) o atrelamento da política econômica argentina ao chamado \"Consenso de Washington\" ao longo da década de 1980, culminando com o governo Menem, de orientação neoliberal; e (III) uma crise do capitalismo ocorrida no final da década de 1990, cujos impactos se fizeram sentir de maneira mais intensa naqueles países subdesenvolvidos, que empreenderam políticas ultra-liberalizantes em âmbito interno. A desarticulação das estratégias de crescimento autônomo, a abertura desmedida ao capital internacional e a renúncia à utilização de instrumentos de política econômica, da parte de sucessivos governos argentinos, sempre sob a aprovação do Fundo Monetário Internacional, teriam como resultado o referido colapso da Argentina, em 2001.
  • DOI: 10.11606/T.8.2008.tde-15092008-095927
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2008-04-17
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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