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No fogo das três pedras: leitura comparada das poéticas de Corsino Fortes, Arménio Vieira e Filinto Elísio

Cortivo, Raquel Aparecida Dal

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2017-03-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    No fogo das três pedras: leitura comparada das poéticas de Corsino Fortes, Arménio Vieira e Filinto Elísio
  • Autor: Cortivo, Raquel Aparecida Dal
  • Orientador: Gomes, Simone Caputo
  • Assuntos: Poesia Contemporânea; Literatura Cabo-Verdiana; Filinto Elísio; Corsino Fortes; Arménio Vieira; Contemporary Poetry; Cape Verdean Literature
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Inserida num contexto de globalização, a literatura cabo-verdiana parece impactada pelos influxos de modernidade e pós-modernidade. E colocar as poéticas de Corsino Fortes, Arménio Vieira e Filinto Elísio em comparação fornece índices desses impactos, sobretudo no que se refere às formas. As concepções do tempo e do espaço interferem nas escolhas estéticas e temáticas dos poetas, determinando trânsitos e permanências. Propõe-se, pois, sob essa perspectiva, a leitura das obras A cabeça calva de Deus (2010) e Sinos de Silêncio: canções e haikais (2015), de Corsino Fortes; O Brumário (2013), Derivações do Brumário (2013), Sequelas do Brumário (2014) e Fantasmas e fantasias do Brumário (2015), de Arménio Vieira; e Do lado de cá da rosa (1995), Li Cores e Ad Vinhos (2009), Me_xendo no baú. Vasculhando o U (2011), Zen limites (2016), de Filinto Elísio. A obra de Corsino Fortes volta-se para o futuro como um valor a ser perseguido e uma dimensão a ser construída a partir das percepções do passado e do trabalho no presente. Desse modo, o poeta insere-se na episteme da modernidade, compreendendo o trabalho com a palavra como fundamental não somente para a expressão de uma convicção ideológica e política como também estética. Com isso, um espaço bem delimitado, ao qual adere e no qual enraíza seus versos, desenha-se: Cabo Verde em sua multiplicidade étnica e cultural. A obra de Arménio Vieira parece marcada pelo desencanto e pelo esgotamento; nesse sentido, o olhar para o futuro revela apenas o nada, o vazio. O poeta centra-se na própria palavra que se manifesta no presente da escrita e se coloca em diálogo com autores da literatura mundial. O espaço que se revela não é físico ou geográfico, mas literário e de dimensões internacionais. A poética de Filinto Elísio, por sua vez, parece manter-se em trânsito constante, razão pela qual inscreve-se de maneira mais incisiva sob o signo do excesso; parece expressar uma temporalidade múltipla que, contudo, tem como foco irradiador o presente. O espaço apresenta-se na obra de Elísio também marcado pela pluralidade indiciada na referência explícita à viagem e a espaços geográficos diversos. Tanto Arménio Vieira quanto Filinto Elísio, pelo que apresentam de excessivo em seu fazer poético, remetem a características distintas das apresentadas pela poética de Fortes, principalmente no que se refere ao descentramento que as inscreve na episteme contemporânea de uma outra modernidade, cujas pluralidade e complexidade admitem variadas e, por vezes, controversas denominações como pós-modernidade, supermodernidade ou modernidade reflexiva.
  • DOI: 10.11606/T.8.2017.tde-07062017-090958
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2017-03-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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