O projeto Nova Luz e a renovação urbana na região da Luz: o espaço urbano como condição e produto da acumulação e como espaço de reprodução da vida
ABCD PBi
O projeto Nova Luz e a renovação urbana na região da Luz: o espaço urbano como condição e produto da acumulação e como espaço de reprodução da vida
Autor:
Pereira, Aglaé Vaz
Orientador:
Alves, Gloria da Anunciacao
Assuntos:
Espaço Social
;
Espaço Urbano
;
Produção E Reprodução
;
Production And Reproduction
;
Social Space
;
Urban Space
Notas:
Dissertação (Mestrado)
Descrição:
Essa pesquisa tem como objetivo fundamental analisar o processo de produção e reprodução social do espaço urbano e como se processa o desenvolvimento da contradição entre apropriação/dominação do espaço urbano na metrópole São Paulo, em especial na Região da Luz, área central da cidade. Entender esse processo implica considerar, em sua diversidade, a realidade sócio-econômica, política e cultural vivenciada pelos habitantes, comerciantes e usuários da Região da Luz, que também traduz a dinâmica da sociedade capitalista contemporânea. No desenvolver da pesquisa foi necessário estabelecer uma mediação e esta se deu com a realização de vínculos de amizade com habitantes, usuários e comerciantes da área. A análise mostrou que na base do processo de produção e reprodução do espaço na metrópole São Paulo está a reprodução contraditória do espaço urbano. Enquanto Estado e iniciativa privada, de modo interligado e ou independente disputam o uso do espaço, transformando-o em instrumento de dominação, as pessoas de modo geral tendem a se apropriar do espaço para a sua reprodução da vida. Nesses momentos é possível a emergência das insurgências contra o concebido; o estabelecido pelas ações que normatizam o espaço. Dimensão relevante como ponto de partida para a compreensão dessa produção espacial foi a reflexão sobre o conceito de espaço elaborado ao longo da história e sua possibilidade de apropriação e de uso, enquanto necessidade premente para a vida. Como o espaço produzido pela sociedade capitalista é apropriado privativamente, o uso tende a subordinar-se à troca pela mediação do mercado. A produção da cidade se dá, portanto, no embate entre os interesses divergentes dos diferentes grupos e sob a intervenção do Poder Público. Essa pesquisa apontou a constante luta pela sobrevivência, diferenciadas formas de compreensão e participação na luta pela apropriação do espaço urbano e pelo direito à cidade; e, de modo especial, apontou que o uso do espaço conquistado se deu no lugar possível e traz a marca da segregação socioespacial verificada na metrópole São Paulo, o que justifica a continuidade da luta pelo território desejado.
DOI:
10.11606/D.8.2009.tde-03022010-150953
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Data de criação/publicação:
2009-12-11
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
Disponível na Biblioteca:
FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas (T VAZ, AGLAE 2009 )