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Transferência de imunidade adotiva como estratégia de imunização para o vírus dengue 2
Maria Teresa Prudente de Aquino Benedito Antônio Lopes da Fonseca
2004
Localização:
FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto
(Aquino, Maria Teresa P. de )
(Acessar)
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Título:
Transferência de imunidade adotiva como estratégia de imunização para o vírus dengue 2
Autor:
Maria Teresa Prudente de Aquino
Benedito Antônio Lopes da Fonseca
Assuntos:
DENGUE
;
DOENÇAS INFECCIOSAS
;
IMUNIZAÇÃO
Notas:
Dissertação (Mestrado)
Descrição:
A febre da dengue é a mais importante doença viral transmitida por artrópodes de significância para a saúde pública, pois acomete a cada ano, centenas de milhares de indivíduos nos países em desenvolvimento, principalmente nos países das regiões tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor. A doença é causada pelo vírus Dengue, um vírus envelopado, de RNA senso positivo, e que mede cerca de 50nm de diâmetro. A febre de Dengue, apresenta-se com um amplo espectro de sintomas, indo desde uma doença febril aguda até uma forma mais grave com liberação de plasma e fenômenos hemorrágicos, que é a dengue hemorrágica. A dengue hemorrágica, em sua forma mais severa, pode levar à síndrome de choque por dengue e esta por sua vez, é fatal se não tratada a tempo, pois leva os pacientes ao choque devido à intensa efusão de plasma. Vários estudos estão sendo realizados para a obtenção de eficientes estratégias de imunização, que possibilitem o desenvolvimento de uma resposta imune eficaz e duradoura para estas infecções virais. A vacinação é considerada a mais eficiente estratégia contra as infecções por dengue. A vacina precisa ser tetravalente, pois precisa desenvolver uma eficiente resposta protetora contra os quatro sorotipos de dengue, evitando assim, a formação de imunocomplexos com anticorpos intensificadores que aumentam a infecção viral. Em nosso laboratório, além do desenvolvimento de vacinas de
DNA para os quatro sorotipos da dengue, desenvolveu-se um estudo para analisar a transferência de imunidade adotiva, como mais uma estratégia de imunização para as infecções pelo vírus Dengue 2. A transferência adotiva consiste em um mecanismo através do qual é feita a transferência de células do sistema imune, como linfócitos, de um doador imune para um receptor singenéico (geneticamente idêntico) não imune para um determinado antígeno. Assim, foram ... transferidas células esplênicas de camundongos BALB/c isogênicos, estimuladas in vitro pelo vírus Dengue 2 inativado, ou não estimuladas por antígeno viral. Foi observado através dos ensaios de proliferação celular de linfócitos que não ocorreu a detecção de proliferação antígeno-específica. Por outro lado, houve uma elevada sobrevivência ao desafio intracerebral com uma dose letal de vírus Dengue 2 selvagem, naqueles camundongos receptores de células esplênicas estimuladas in vitro e adotivamente transferidas. Esta sobrevivência foi de 100% e maior até que a do controle positivo, (dos camundongos imunizados com o vírus Dengue 2 selvagem), que ficou em torno de 70%. Os grupos de camundongos não imunizados (controle negativo), e dos camundongos receptores de células esplênicas não estimuladas com antígeno viral, sucumbiram a encefalite letal. Nos mesmos grupos de camundongos receptores de células esplênicas estimuladas in vitro e adotivamente transferidas, foi detectado
elevados títulos de anticorpos neutralizantes após o desafio, em torno de 1:160 para redução de 50% das placas e 1:40 para a redução de 90% das placas. Não foi detectada a presença de anticorpos neutralizantes no grupo controle negativo após o desafio, porém, no grupo de camundongos receptores de células esplênicas não estimuladas com antígeno viral, também foi detectada a presença de anticorpos neutralizantes após o desafio, embora não tenham sido protegidos contra a encefalite letal. Dessa forma, a transferência de imunidade adotiva mostrou ser uma promissora estratégia de imunização contra as infecções pelo vírus Dengue 2 New Guinea C, capaz de desenvolver uma resposta imune humoral protetora contra encefalite letal em camundongos BALB/c isogênicos
Data de criação/publicação:
2004
Formato:
90 p..
Idioma:
Português
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