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Propaganda oficial e bem-estar social ou propaganda social e bem-estar oficial?

Ana Lúcia Garcia Maria Stella Ferreira Levy

1979

Localização: FSP - Faculdade de Saúde Pública    (https://doi.org/10.11606/D.6.2020.tde-30042020-125249 )(Acessar)

  • Título:
    Propaganda oficial e bem-estar social ou propaganda social e bem-estar oficial?
  • Autor: Ana Lúcia Garcia
  • Maria Stella Ferreira Levy
  • Assuntos: BEM-ESTAR SOCIAL; ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE; PROPAGANDA; SEGURIDADE SOCIAL
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Partindo da suposição de que a propaganda governamental - especialmente na área da saúde pública - reflete necessidades e interesses que transcendem os temas específicos tal como foram veiculados através do rádio e da TV, o trabalho teve como objetivo a tentativa de explicitar os conteúdos ideológicos das mensagens oficiais do período Geisel (1974 a 1979). Questionou-se a concepção oficial de bem-estar social, bem como a importância do setor Saúde dentro da estratégia de desenvolvimento sócio-econômico adotada. O momento histórico considerado corresponde à consolidação de uma estrutura de poder que busca legitimar e viabilizar um modelo econômico monopolista, concentrador de renda e fundamentado na internacionalização do mercado. Essa etapa do desenvolvimento brasileiro que vinha se configurando desde a década de '50, processou-se através de tentativas de dominação política que desembocaram num regime autoritário. Nesse contexto, ganha novos significados o conteúdo da propaganda oficial conclamando a população a participar de um esforço nacional, arcando com o ônus e sem participar dos beneficios do caminho escolhido pela classe dirigente. Um outro ponto de partida foi o fato de que em 1977 e 1978, o Governo Brasileiro foi o maior anunciante do rádio e da TV. Dada a importância do rádio e da TV como os veículos publicitários de maior alcance - em termos de proporção de pessoas atingidas - foram excluídos os demais meios (jornais, revistas, "out-doors"). O refinamento, a sofisticação das técnicas de propaganda têm sido muito favorecidas pela ampliação da cobertura do rádio e da TV. Durante a década de 1970, foi consideravelmente ampliada a proporção de pessoas expostas a esses veículos - não só nas àreas urbanas como também nas àreas rurais.
    Esse aumento de cobertura se deve a dois fatores: à melhoria das condições técnicas de transmissão e ao barateamento do custo dos aparelhos. Para a consecução do objetivo proposto, foi realizado um levantamento das mensagens veiculadas no período mediante consulta às fotofichas do Arquivo da Propaganda, que registram todos os anúncios veiculados na cidade de São Paulo. Além desse levantamento, foram consultados jornais e pessoal técnico do Ministério e da Secretaria da Saude, o que permitiu a reconstituição do processo de intensificação e de racionalização do uso da propaganda pelo Governo, a partir de 1964. Embora os efeitos ou consequências sociais da propaganda constituam parte integrante de um processo de comunicação como um todo, a preocupação central deste trabalho se volta para a verticalidade do processo, para a forma como o Governo impõe o seu recado.
  • Data de criação/publicação: 1979
  • Formato: 75 p.
  • Idioma: Português

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