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Agricultura urbana em contextos de vulnerabilidade social na zona leste de São Paulo e em Lisboa, Portugal

Carvalho, Laura Martins De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2021-02-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Agricultura urbana em contextos de vulnerabilidade social na zona leste de São Paulo e em Lisboa, Portugal
  • Autor: Carvalho, Laura Martins De
  • Orientador: Bógus, Claudia Maria
  • Assuntos: Agricultura Urbana; Zona Leste De São Paulo; Empreendedorismo Popular Agroecológico; Bairros Sociais De Lisboa; Agroecologia Urbana; East Of São Paulo; Popular Agroecological Entrepreneurship; Urban Agriculture; Urban Agroecology; Lisbon'S Social Districts
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Esta pesquisa investiga a produção da agricultura urbana (AU) em contextos de vulnerabilidade social em sete hortas localizadas na zona Leste de São Paulo e em dois Parques Hortícolas de bairros sociais de Lisboa, Portugal, em torno do seguinte questionamento: \"Como se constrói a Agricultura Urbana em regiões de vulnerabilidade social na zona Leste de São Paulo e em Parques Hortícolas de Lisboa, Portugal e como os agentes presentes nessas localidades operam nesses processos?\". O estudo é ancorado nas Ciências Sociais e Humanas, notadamente na Perspectiva Multinível, Transição para a Sustentabilidade e em estudos que fundamentam a Agricultura Urbana e Periurbana. Parte-se da hipótese que a AU pode viabilizar possibilidades de combate às desigualdades estruturais em contextos de vulnerabilidade social, propiciando: geração de renda; melhorias na qualidade de vida de agricultores (as) urbanos (as); ampliação na produção e acesso de alimentos adequados ao consumo humano; e preservação ambiental. Nessa direção, a pesquisa identifica e analisa os múltiplos agentes - poder público, empresas privadas e mistas, organizações da sociedade civil e agricultores (as) - e as dinâmicas instauradas entre eles que, em conjunto, produzem a agricultura urbana nas respectivas localidades. Trata-se de estudo qualitativo fundamentado na Observação Participante, metodologia que proporciona densa descrição dos dados, em interlocução com a literatura da área. Na zona Leste de São Paulo, os resultados mostram: (a) o crescente protagonismo feminino na AU agroecológica, associado ao empreendedorismo popular e à conscientização das injustiças que agricultoras enfrentam; (b) as disputas entre modelos de gestão de hortas e concepções de cultivo; (c) desafios das transições sociotécnicas no que se refere às regulamentações e operacionalização das hortas; (d) a necessidade de diversificação de fontes de financiamento; (e) garantias de acesso e permanência nos terrenos das hortas. Em Lisboa, os resultados mostram: (a) o caráter fortemente regulatório da AU materializado no projeto Parques Hortícolas; (b) o potencial inexplorado de mobilização e participação popular de agricultores (as) em bairros sociais e de inovação por parte da juventude. O estudo conclui, ainda, que a atividade da AU, nos contextos estudados, provoca ampla melhoria na qualidade de vida de agricultores (as); inicia ou amplia a produção local de alimentos adequados ao consumo humano por parte de populações vulneráveis; implementa práticas de AU associadas à preservação ambiental e promove conscientização ambiental através de práticas pedagógicas. Em suma, a AU - materializada tanto em atividades de caráter emancipatório, assistencialista ou regulatório - tem potencial para combater desigualdades estruturais enfrentadas por populações vulneráveis, contribuindo para transformações sociais e econômicas em grandes cidades.
  • DOI: 10.11606/T.6.2021.tde-14042021-095021
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2021-02-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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