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Tratamento dos transtornos alimentares: perfil da não adesão e dos fatores associados

Souza, Ana Paula Leme De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2015-09-09

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Tratamento dos transtornos alimentares: perfil da não adesão e dos fatores associados
  • Autor: Souza, Ana Paula Leme De
  • Orientador: Pessa, Rosane Pilot
  • Assuntos: Abandono Do Paciente; Pacientes Que Desistem Do Tratamento; Transtornos Alimentares; Eating Disorders; Patient Dropouts; Patients Who Dropout Of Treatment
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Os transtornos alimentares (TA) são doenças psiquiátricas graves que apresentam quadro complexo e de mau prognóstico. Acometem principalmente adultos jovens que não raramente abandonam o tratamento. O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil da não adesão do tratamento de pacientes com TA de um serviço especializado e investigar os fatores associados. Trata-se de estudo transversal de caráter descritivo exploratório com delineamento do tipo caso-controle e quali-quantitativo, cuja coleta de dados se deu em duas etapas. Na primeira, os prontuários de todos os pacientes atendidos pelo serviço foram revisados para coletar dados sociodemográficos, clínicos e desfecho do tratamento. Na segunda etapa, seis participantes do sexo feminino que abandonaram o tratamento foram entrevistadas para coleta de dados antropométricos, alimentares (EAT-26), de imagem corporal (Escala de Figuras de Silhuetas) e investigar os motivos da não adesão. Os dados foram analisados pelo programa SPSS e foram utilizados os testes qui-quadrado, teste exato de Fisher, teste não paramétrico de Mann-Whitney e análise de regressão logística, além da análise de conteúdo temático. Como resultados, 156 (66,7%) pacientes abandonaram o tratamento (Grupo Abandono-GA) e 78 (33,3%) tiveram outros desfechos (Grupo Não Abandono-GNA): alta (n=55; 70,5%), óbito (n=02; 2,6%) ou estavam em seguimento no momento da coleta de dados (n=21; 26,9%). No GA, a maioria era do sexo feminino (n=140; 89,7%), de Ribeirão Preto e região (n=120; 76,9%), estudantes (n=86; 55,1%), solteiros (n=122; 78,2%) com escolaridade mínima do nível fundamental (n=45; 28,8%) e proporcionalmente com diagnóstico de bulimia nervosa (n=41; 80,4%). Foi encontrada diferença significativa entre os grupos na Hipótese Diagnóstica, Comorbidades Psiquiátricas, Depressão, Transtornos de Personalidade, Comorbidades Clínicas e Osteopenia. No GA, o primeiro (n=85; 54,5%) e o último atendimento (n=89; 57,05%) foram nos anos 2000, o estado nutricional foi de eutrofia tanto no primeiro (n=85; 54,5%) quanto no último atendimento (n=104; 66,7%) e ausência de amenorreia no momento inicial e final do seguimento. O estado nutricional apresentou significância estatística em relação ao desfecho do tratamento e a presença de comorbidade clínica atuou como fator protetor para o abandono. No momento atual, a maioria das participantes apresenta atitudes alimentares típicas dos TA, inacurácia da percepção corporal e insatisfação com a autoimagem. Os motivos para o abandono do tratamento foram multifatoriais envolvendo aspectos relacionados à equipe, ao protocolo de tratamento e à própria paciente. Como conclusão, a taxa de abandono do serviço é alta e a presença de comorbidade clínica atuou como fator protetor para o abandono. Pacientes com estado nutricional adequado e sem complicações clínicas são mais vulneráveis ao abandono e podem, a longo prazo, permanecer com os sintomas típicos dos TA. Pelo fato do abandono envolver questões multifatoriais, sugere-se capacitação dos profissionais da equipe, revisão e aprimoramento de protocolos de atendimento para melhor acolhimento, adesão e identificação prévia dos grupos de risco. Estudos prospectivos e baseados em evidências poderão contribuir para as pesquisas dirigidas especificamente à resistência ao tratamento e consequente não adesão de pacientes com TA, buscando uma melhor compreensão desses transtornos e seu tratamento
  • DOI: 10.11606/D.22.2016.tde-06012016-151027
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2015-09-09
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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