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Na escuridão do arco íris: a vivência das relações afetivo sexuais de jovens gays após o diagnóstico de HIV
Santos, Renato Caio Silva
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2015-03-10
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Título:
Na escuridão do arco íris: a vivência das relações afetivo sexuais de jovens gays após o diagnóstico de HIV
Autor:
Santos, Renato Caio Silva
Orientador:
Schor, Néia
Assuntos:
Comportamento Sexual
;
Transmissão
;
Sexualidade
;
Relações Afetivas
;
Prevenção
;
Juventude
;
Jovens Gays
;
Homossexualidade Masculina
;
Hiv/Aids
;
Transmission
;
Emotional Relationships
;
Sexuality
;
Gay Youth
;
Sexual Behavior
;
Hiv / Aids
;
Prevention
;
Male Homosexuality
;
Youth
Descrição:
Introdução - A população de jovens gays apresenta particular vulnerabilidade à infecção pelo HIV/aids. Segundo tendência observada em pesquisas, nos últimos dez anos observouse aumento estatisticamente significativo da taxa de detecção do vírus em homens gays com idades entre 18 e 29 anos. Para aqueles que recebem o diagnóstico de HIV/aids, a nova realidade se encontra envolvida por fatores como a auto aceitação da orientação sexual, estigmas anteriores ao diagnóstico, suporte familiar e social, crenças sobre o vírus e restabelecimento de vínculos e comportamentos. Contudo, são escassos estudos que foquem nas vivências das relações afetivas e sexuais de jovens gays após o diagnóstico. Objetivo - Estabeleceu-se como objetivo geral desta pesquisa compreender as implicações e significados do diagnóstico do HIV nas relações afetivo sexuais de jovens gays. Método - O estudo proposto baseia-se na pesquisa qualitativa, como forma de privilegiar os discursos dos sujeitos como fonte de informação. Foram realizadas entrevistas semi dirigidas com 10 jovens, com idades entre 18 e 24 anos, portadores do HIV e infectados por via sexual, acompanhados no ambulatório do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Os dados foram transcritos, organizados e analisados por meio da análise de conteúdo. Resultados Para muitos jovens, no período anterior ao diagnóstico, o HIV não se mostrava como uma fonte de preocupação, devido à possibilidade de tratamento e diminuição das mortes. O uso de antirretrovirais é influenciado pelo receio de alterações corporais, sendo que a possibilidade da lipodistrofia se mostra como uma causa para o abandono do tratamento. Grupos e redes sociais online são fundamentais na busca de informações sobre o HIV e de pares na mesma situação. O conhecimento da sorologia não motiva o uso de preservativo, principalmente com parceiros sexuais esporádicos. De forma análoga, com estes parceiros, os participantes relatam não se sentirem responsabilizados por eventuais transmissões secundárias do vírus, avaliando como responsabilidade do outro o uso de preservativo. As relações afetivas são marcadas pelo receio da transmissão do vírus e da revelação diagnóstica aos parceiros, de forma que muitos preferem se relacionar com outros jovens vivendo com HIV/aids. Considerações finais - A partir dos resultados foi possível apreender que a vivência das relações afetivas e sexuais desses jovens é atravessada por questões ligadas ao preconceito e à insegurança frente à doença. No âmbito comportamental, nota-se que o conhecimento sobre as formas de prevenção não é eficaz para a mudança de atitudes e práticas sexuais, o que pode ser relacionado ao aumento de novos casos da infecção entre jovens gays nos últimos anos. É possível apontar que as campanhas preventivas pouco dialogam com as realidades dos jovens trazendo à tona a necessidade de repensar o cuidado e as políticas disponíveis para esta população.
DOI:
10.11606/D.6.2015.tde-23032015-095719
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
Data de criação/publicação:
2015-03-10
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
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