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Detecção de alterações teciduais na Doença de Chagas pela Ressonância Magnética Cardíaca e sua relação com disjunção ventricular, arritmias e eventos clínicos

Gustavo Jardim Volpe André Schmidt

2014

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Volpe, Gustavo Jardim )(Acessar)

  • Título:
    Detecção de alterações teciduais na Doença de Chagas pela Ressonância Magnética Cardíaca e sua relação com disjunção ventricular, arritmias e eventos clínicos
  • Autor: Gustavo Jardim Volpe
  • André Schmidt
  • Assuntos: DOENÇA DE CHAGAS; CARDIOPATIAS; RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: Apesar de ter sido descrita há mais de um século e mesmo com os programas nacionais de combate, a Doença de Chagas (DC) ainda é um importante problema de saúde pública. Causada pelo Trypanosoma cruzi (T. cruzi), tem na Cardiopatia Chagásica Crônica (CCC) sua apresentação mais grave, dado a morbidade e mortalidade a ela relacionada. O acometimento cardíaco na CCC está intrinsecamente ligado à fibrose miocárdica, com graus variáveis de disjunção ventricular e presença de arritmias. A ressonância magnética cardíaca (RMC) por meio da técnica de realce tardio pelo gadolínio (RTG) é importante ferramenta para avaliação não invasiva de fibrose miocárdica. Métodos: Um total de 132 pacientes portadores de CCC foi incluído no estudo (50,7% sexo feminino; mediana de 55 [44,5-65,5] anos). Na inclusão, um exame de CMR foi realizado com máquina 1,5T (Achieva, Philips, The Netherlands), incluindo cines nas projeções de 2 e 4 câmaras, assim como 9-12 cortes no eixo curto. Após 10 minutos da infusão de 0,2 mmol/Kg de gadolínio, sequências de RTG foram adquiridas nas mesmas posições das cines. Foram calculados os volumes ventriculares direito e esquerdo na sístole e diástole, assim como as respectivas Rações de ejeção. O RTG foi inicialmente classificado visualmente como positivo e negativo, com posterior quantificação das áreas de fibrose densa e de fibrose heterogénea ("gray zones"). Dados clínicos foram obtidos do prontuário médico. O desfecho primário foi considerado como uma combinação de todas as mortes, implantes de cardiodesfibrilador implantável (CDI) e hospitalizações por causa cardiovascular durante o seguimento. Resultados: Fibrose estava presente em 74,2% dos pacientes, sendo as paredes lateral e inferolateral os segmentos mais comumente afetados. Os pacientes portadores de RTG positivo apresentavam volumes ventriculares direito e esquerdo
    aumentados, depressão da função sistólica ventricular esquerda. Pacientes com fibrose também eram mais propensos à presença de extrassístoles ventriculares e taquicardia ventricular não sustentada (TVNS) no Holter. O volume diastólico final indexado do ventrículo esquerdo, a presença de fibrose miocárdica e o segundo tercil da quantificação das gray zones foram preditores independentes da ocorrência de TVNS. Tanto a presença de RTG positivo quanto a extensão das áreas de gray zones e fibrose central estavam relacionadas com as categorias de risco do Escore de Rassi, assim como dos fatores que compõe seu cálculo. Ocorreram 21 eventos (8 mortes, 4 CDI e 9 hospitalizações) durante a mediana de 593 [266-885] dias, nenhum deles entre os pacientes sem fibrose (Teste Log-rank, p=0,039). Idade e o segundo tercil tanto da extensão das grey zones quanto de fibrose densa foram preditores independentes de eventos. Conclusão: A fibrose na CCC é altamente prevalente e sua presença está relacionada à maior densidade de arritmias, remodelamento ventricular adverso, função sistólica deprimida e foi preditor de eventos adversos. A extensão das áreas de gray zones e fibrose densa, assim como a idade foram preditores independentes do desfeicho combinado de morte, implante de CDI e hospitalizacão por causa cardiovascular
  • Data de criação/publicação: 2014
  • Formato: 75 p anexos.
  • Idioma: Português

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