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Efeitos da meta-clorofenilpiperazina (mCPP) sobre mecanismo da mobilização leucocitária: estudos in vivo e in vitro

Lombardi, Lara

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas 2012-06-27

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Efeitos da meta-clorofenilpiperazina (mCPP) sobre mecanismo da mobilização leucocitária: estudos in vivo e in vitro
  • Autor: Lombardi, Lara
  • Orientador: Moreau, Regina Lucia de Moraes
  • Assuntos: Inflamação; Mcpp; Neutrófilo; Inflammation; Neutrophils
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A meta-clorofenilpiperazina (1-(3-clorofenil)piperazina; mCPP) é uma piperazina sintética que vem sendo apreendida de forma crescente no mercado de drogas ilícitas, primeiro na Europa e, a partir de 2006, também no Brasil. Recentemente há relatos de aumento significativo da apreensão de comprimidos vendidos como ecstasy e que na realidade contêm mCPP, porém estudos sobre potenciais riscos dessa utilização à saúde ainda são escassos. O papel da mCPP como agonista de receptores serotoninérgicos já está bem descrito na literatura, razão pela qual esta substância é amplamente empregada em trabalhos científicos, principalmente psiquiátricos. No entanto, poucos são os trabalhos realizados com o intuito de investigar mais profundamente as ações desencadeadas no organismo pela substância em si. É sabido que a serotonina é um neurotransmissor liberado por plaquetas no local de inflamação e que exerce papel imunomodulatório importante sobre as células imune Assim, considerando (1) a relevância atual da mCPP no contexto de apreensão de drogas de abuso, (2) a necessidade de estudos sobre efeitos das drogas de abuso no organismo, (3) escassez de avaliações dos efeitos da mCPP sobre o sistema imunológico e (4) sua provável correlação com este sistema a partir de suas ações em receptores serotoninérgicos, o presente trabalho pretendeu iniciar investigações acerca da atividade da mCPP sobre as respostas imune inatas e sobre os mecanismos da mobilização leucocitária. Para tanto, ratos Wistar machos foram tratados com mCPP (1mg/kg, v.o.) e foram realizadas quantificações de leucócitos na medula óssea, no compartimento circulante e no foco inflamatório (peritônio), em presença ou ausência de estímulo inflamatório (LPS, 1 mg/mL, i.p.), como também da mieloperoxidase presente em tecido hepático, pulmonar e do baço. Complementando os estudos in vivo, ainda foi quantificada a cortisona plasmática em animais que receberam tal tratamento tendo seus receptores de glicocorticoides previamente antagonizados (RU38486). Neutrófilos coletados do exsudato peritoneal foram incubados nas concentrações de 10 µM, 100 µM e 1000 µM in vitro e investigados a migração neutrofílica, a expressão das moléculas de adesão na superfície neutrofílica, a quantificação de mediadores inflamatórios no sobrenadante de cultura de neutrófilos e o processo de adesão neutrófilo-endotélio, com células endoteliais coletados a partir do cremáster. Os resultados demonstram que a mCPP diminuiu a quantificação de leucócitos no exsudato peritoneal e, concomitantemente, aumentou o influxo de PMN para o tecido pulmonar, em vigência de estímulo inflamatório. Ainda, in vivo, não foi possível observar diferenças na concentração de cortisona sérica entre animais cujos receptores de glicocorticóides foram antagonizados e aqueles cujos receptores em questão encontravam-se normais. In vitro, a mCPP, nas três concentrações empregadas, e tanto na vigência quanto na ausência de estímulo (LPS ou fMLP), causou alterações na migração dos neutrófilos, na adesão deste tipo celular ao endotélio, na expressão de moléculas de adesão (Lselectina, β2-integrina e PECAM-1) na superfície neutrofílica e na quantificação das concentrações de mediadores inflamatórios (NO, IL-1β, IL-10, TNF-α) no sobrenadante de cultura de neutrófilos. Os resultados obtidos sugerem, em conjunto, que a mCPP exerce atividade pró-inflamatória no que se refere à atividade neutrofílica, bem como sugerem que o fármaco seja capaz de amplificar a resposta inflamatória em modelo animal de rato, tanto in vivo quanto in vitro.
  • DOI: 10.11606/D.9.2012.tde-07032013-100506
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Data de criação/publicação: 2012-06-27
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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