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Polimorfismo molecular em gerações de bovinos da raça Canchim

Regitano, Luciana Correia De Almeida

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1997-04-14

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Polimorfismo molecular em gerações de bovinos da raça Canchim
  • Autor: Regitano, Luciana Correia De Almeida
  • Orientador: Azevedo, João Lúcio de
  • Assuntos: Acasalamento; Gado Canchim; Genética De Populações; Marcador Molecular; Polimorfismo
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O objetivo desse estudo foi avaliar as frequências gênicas ao longo de sucessivas gerações de acasalamento entre bovinos da raça Canchim (5/8 Charolês, 3/8 Zebu) do rebanho do Centro de Pesquisa de Pecuária do Sudeste - EMBRAPA. Os animais foram classificados de acordo com a geração e uma amostra de 154 indivíduos, representando as gerações 3 a 6, foi analisada para sete marcadores moleculares. Três marcadores do tipo I (genes) e quatro marcadores do tipo II (microssatélites) foram utilizados. Trinta e seis animais da raça Charolesa foram incluídos nesse estudo, com a finalidade de avaliar as relações genéticas entre o rebanho Canchim e a raça Charolesa atual. As frequências do alelo A de k-caseína foram de 0,5; 0,72; 0,68 e 0,67 para as gerações 3, 4, 5 e 6 de Canchim, respectivamente. Na raça Charolesa, esse alelo apresentou frequência de 0,51. O alelo A de β-lactoglobulina apresentou frequências de 0,42; 0,46; 0,48 e 0,40, nas gerações 3 a 6 do rebanho Canchim, e de 0,54 na raça Charolesa. As variações das frequências dos alelos de k-caseína e β-lactoglobulina, entre as gerações de Canchim, não foram significativas. As proporções genotípicas para esses dois marcadores foram concordantes com a hipótese de equilíbrio de Hardy-Weinberg nas duas raças. As frequências do alelo L do gene do hormônio de crescimento, nas quatro gerações de Canchim, foram 0,96; 0,89; 0,93 e 0,79. A variação das frequências gênicas entre as gerações foi significativa (P ≤ 0,01), tendo sido observada uma tendência linear de aumento da frequência do alelo V ao longo das gerações. Desvios significativos das proporções genotípicas esperadas sob equilíbrio de Hardy-Weinberg foram observados em todas as gerações (P ≤ 0,02), com exceção da geração 3. Na raça Charolesa, a frequência do alelo L foi de 0,74. Quatro alelos para o microssatélite da região flanqueadora 5’ do gene de IGF-1, localizado no cromossomo 5, foram observados na raça Canchim, com tamanhos entre 231 e 225 pares de bases. A frequência do alelo de 225 pb variou significativamente entre as gerações de Canchim (P ≤ 0,05). Entretanto, o aumento da frequência desse alelo, ao longo das gerações, não foi linear. Os desvios com relação às proporções genotípicas de equilíbrio de Hardy-Weinberg foram significativos para a geração 5 e para o total da população (P ≤ 0,01). Na raça Charolesa, o alelo de 225 pb não foi observado. Seis alelos foram identificados na raça Canchim, com tamanhos entre 182 e 168 pb, para o microssatélite CSFM50. Nesse loco do cromossomo 2, apenas a frequência do alelo de 168 pb variou significativamente entre as gerações (P ≤ 0,05), tendo apresentado uma tendência de redução linear da frequência. Entretanto, a condição de equilíbrio foi observada em todas as gerações. Os alelos de 182 e 170 pb não foram observados na raça Charolesa. Porém dois alelos, com 180 e 174 pb, que não haviam sido identificados na raça Canchim, foram observados nessa raça. Seis alelos do microssatélite BM1224, localizado no cromossomo 4 dos bovinos, foram observados na raça Canchim. A variação das frequências gênicas dos alelos predominantes não foi significativa. Os alelos raros não foram testados. Três alelos adicionais foram identificados na raça Charolesa. Dessa forma, um total de nove alelos, com tamanhos entre 178 e 160 pb, foram observados nesse loco. Entre as amostras analisadas, somente a geração 3 de Canchim apresentou desvios significativos com relação às proporções genotípicas de equilíbrio. O microssatélite INRA006, localizado no cromossomo 3, apresentou sete alelos na raça Canchim, com tamanhos entre 97 e 119 pb. Também nesse loco, a variação ao longo das gerações não foi significativa. A hipótese de neutralidade fenotípica para as características sob seleção nesse rebanho foi reforçada pela aderência às proporções de equilíbrio. A raça Charolesa apresentou apenas três alelos para esse marcador, com 113, 111 e 105 pb. Apesar de se tratar de um rebanho fechado, as medidas de heterozigosidade e diversidade gênica não indicaram uma tendência de redução da variabilidade genética ao longo das gerações de Canchim. Esses resultados foram consistentes com o esquema de prevenção de endogamia que vem sendo utilizado no programa de melhoramento da raça Canchim. Os coeficientes médios de fixação de Wright FIS e FRR reforçaram a hipótese de acasalamento preferencial para o polimorfismo do hormônio de crescimento. Valores significativos de FST (P ≤ 0,05) foram obtidos para o polimorfismo de hormônio de crescimento e para o microssatélite IGF-1, indicando que houve diferenciação entre as gerações com relação a esses marcadores. A média de F FST para os 7 locos também foi significativa (P ≤ 0,05). As distâncias Euclidiana Média e distância de Nei entre as gerações de Canchim, a raça Charolesa e a raça Nelore foram calculadas com base nos sete marcadores, utilizando dados de literatura para a raça Nelore. As comparações com outros representantes de raças zebuínas foram realizadas utilizando as informações dos três polimorfismos de restrição. Os agrupamentos formados pelo método UPGMA foram consistentes com a origem das raças nas duas análises
  • DOI: 10.11606/T.11.2020.tde-20200111-130155
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 1997-04-14
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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