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Ecos do libertador - o pensamento de Simón Bolívar no discurso de Hugo Chávez

Figueiredo, Alexandre Ganan De Brites

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Integração da América Latina 2011-04-18

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Ecos do libertador - o pensamento de Simón Bolívar no discurso de Hugo Chávez
  • Autor: Figueiredo, Alexandre Ganan De Brites
  • Orientador: Mello, Leonel Itaussu Almeida
  • Assuntos: Bolivarianismo; História Da América Latina; Hugo Chávez; Simón Bolívar; Bolivarianism; History Of Latin America
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Programa Interunidades Integração da América Latina (PROLAM) - ECA/FD/FE/FEA/FFLCH/FAU
  • Descrição: O objeto desta dissertação é o discurso político do presidente venezuelano Hugo Chávez, no que tange à constante referência à vida e obra de Simón Bolívar. Chávez, um dos fundadores, nos anos de 1980, do Movimento Revolucionário Bolivariano-200, é eleito presidente da República em 1998 apresentando Bolívar como a fonte de seu projeto político. Um ano depois, é aprovada, via referendo, uma nova Constituição para o país, elaborada por uma Assembleia Nacional Constituinte prometida por Chávez durante a campanha. A nova Constituição muda o nome do país para República Bolivariana da Venezuela e declara, em seu artigo primeiro, que a Venezuela fundamenta seus valores e objetivos na obra de Simón Bolívar. Esta dissertação se debruça sobre os discursos de Hugo Chávez pronunciados no ano de 1999, primeiro ano seu na presidência e também ano da elaboração e promulgação da Constituição, para investigar as relações entre um projeto político de fins do século XX e o projeto intentado por Bolívar na Revolução de Independência. O que faz Bolívar, herói do século XIX, ser aceito como o fundamento de um projeto elaborado 200 anos após a Emancipação? Qual a relação que a sociedade venezuelana constrói com o passado? Como e por que esse bolivarianismo de fins do século XX se projeta para outros países da América Latina? Para responder a essas perguntas recorremos primeiro ao pensamento do próprio Bolívar, analisado a partir do contexto em que foi formulado: as guerras pela emancipação e a busca pela consolidação de novas estruturas políticas na América independente. Para Bolívar, a resposta que enfeixa todas as demais questões que então se colocaram foi unir as repúblicas independentes, projeto intentado com o Congresso do Panamá, em 1826. Sem consequências práticas na época, essa ideia de unidade continental tornou-se presente no pensamento político latino-americano. Como nossa pesquisa pretende demonstrar, Hugo Chávez é mais um dentre os muitos que recorreram a Bolívar para explicar os problemas do presente e embasar um projeto político. Portanto, concluímos que existe um Bolívar e um pensamento bolivariano descrito por Chávez, assim como existem outros Bolívares que podem levar a visões diferentes e mesmo opostas. Apresentamos a visão da oposição a Chávez, bem como a de seus apoiadores, demonstrando a complexidade do problema. Por fim, a dissertação indaga como e por que a revolução do passado pode ser feita presente na política e no imaginário popular. O conceito de culto a Bolívar, formulado por Germán Carrera Damas, e a obra de Leopoldo Zea orientaram as formulações de hipóteses para as questões propostas.
  • DOI: 10.11606/D.84.2011.tde-09102012-103703
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Integração da América Latina
  • Data de criação/publicação: 2011-04-18
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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