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Olhares que narram: perspectivas umbandistas de articulação do sentido

Rotta, Raquel Redondo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto 2014-08-29

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Olhares que narram: perspectivas umbandistas de articulação do sentido
  • Autor: Rotta, Raquel Redondo
  • Orientador: Bairrao, Jose Francisco Miguel Henriques
  • Assuntos: Alteridade; Psicologia Da Religião; Olhar; Etnopsicologia; Umbanda; Gaze; Ethnopsychology; Alterity; Religion Psychology
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O impacto visual é importante tanto nos modos de construções de sentidos nas tradições bantas quanto no contexto umbandista. E a contribuição da cultura africana na composição do ethos da população brasileira é expressiva. Tendo isso em vista, objetivou-se apreender, em comunidades umbandistas, nuances dos modos de construção, transmissão e apreensão de significados relativos ao mundo, ao eu e ao outro, por meio de perspectivas umbandistas de articulação do sentido. Para tanto, o pesquisador assumiu uma posição em que foi possível uma função de abertura ao discurso do Outro, proporcionando que as enunciações decorrentes das relações em campo pudessem ecoar. No processo de experiência do pesquisador em rituais umbandistas e na produção das imagens fotográficas, os colaboradores enunciaram, por imagens e ou palavras, suas experiências pessoais a partir do material simbólico contido no patrimônio cultural que os atravessa, que Lacan chamaria de Outro. A consideração da transferência e do lugar ocupado pelo pesquisador em campo, assim como das repetições e intersecções entre as imagens e os dizeres sobre elas, foi fundamental para a revelação de implícitos deste universo. A busca pelo impacto visual configurou o meio para que o pesquisador, interpretado pela umbanda como consulente, pudesse ser olhado por ela e assim, olhando-a, entender parte de sua dinâmica. Nesse processo, entendemos como o olhar é importante na reelaboração de si (do lugar no mundo de cada um, assim como de uma comunidade) a qual pode ser trabalhada no contexto umbandista, onde o papel do ancestral e todo um repertório simbólico a ele associado têm destaque. A partir dos resultados deste trabalho, sugerimos que a experiência na umbanda corrobora a hipótese de que é preciso conhecer, reconhecer e lidar de forma pacífica com as nossas raízes. Percebemos, ainda, que nessa religião há um espaço privilegiado onde isso possa ocorrer a cada ritual, e nas experiências cotidianas de seus fiéis, possibilitando recombinações e reconstruções simbólicas tanto no nível pessoal quanto social.
  • DOI: 10.11606/T.59.2014.tde-23102014-162054
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2014-08-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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